15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Avaliação dos atendimentos clínicos relacionados a quadros de febre de origem desconhecida na região Nordeste no período de 2014 a 2018

Fundamentação/Introdução

A febre de origem desconhecida representa um quadro com uma vasta possibilidade de diagnósticos etiológicos e requer uma adequada investigação semiológica.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de febre de origem desconhecida atendidos na região Nordeste do país entre 2014 e 2018.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado através de dados registrados no DATASUS referentes às internações hospitalares relacionadas à febre de origem desconhecida na região Nordeste no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018.

Resultados

No período entre janeiro de 2014 e dezembro de 2018, foram registradas no Brasil 30168 internações por quadro de febre de origem desconhecida. Desse total, 8419 casos (27,9%) foram documentados na região Nordeste, representando a 2ª maior incidência do país. O ano de 2016 apresentou o maior número de atendimentos, com 1961 casos (23,3%). Houve uma maior incidência na faixa etária menor que 1 ano, com 2277 casos (27,1%), sobretudo em indivíduos do sexo masculino (53,4%). Dentre os estados da região, Pernambuco foi aquele com a mais expressiva quantidade de registros (5030 casos, 59,8%), enquanto que o estado de Alagoas apresentou o menor número, com 50 casos (0,6%). Foi observada uma significativa maioria de atendimentos em caráter de urgência (7659 casos, 91%) e uma média de permanência nos serviços de saúde de 3,5 dias, para investigação etiológica e tratamento. Na região, foram registrados 105 óbitos associados à febre de origem desconhecida, sobretudo em Pernambuco (68 óbitos, 74,8%), no sexo masculino (59 casos, 56,2%) e na faixa etária menor que 1 ano (18,1%), enquanto que a maior taxa de mortalidade ocorreu entre 70 e 79 anos. É importante destacar que a região apresentou a maior mortalidade do país (1,25).

Conclusões/Considerações finais

A partir dos dados avaliados, identificou-se que a região Nordeste apresentou a segunda maior incidência de casos de febre de origem desconhecida do país, sobretudo no estado de Pernambuco, no ano de 2016, na faixa etária menor que 1 ano e no sexo masculino, atendidos principalmente em caráter de urgência. Observou-se também que a região apresentou a maior taxa de mortalidade do país. Faz-se necessário, portanto, proporcionar maior atenção aos casos e elaboração de protocolos de atendimento.

Palavras-chave

Febre de origem desconhecida; atendimentos; Nordeste.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Matheus Rezende Menezes, Hayanna Cândida Carvalho de Souza, Raul Filipe Diniz Azevedo, Jéssica Oliveira Cunha Barreto, Beatriz Paraizo Dantas Braz