15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise comparativa da evolução entre escore SOFA e PCR em pacientes sépticos

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: A Sepse é uma síndrome clínica caracterizada por anormalidades fisiológicas e bioquímicas induzidas por um processo infeccioso, cujos indicadores biológicos podem ser úteis para o reconhecimento e tratamento do quadro. Dentre esses indicadores, a proteína C reativa (PCR), é um marcador biológico encontrado no plasma sanguíneo e produzido devido a processos inflamatórios, infecções e dano tissular. No âmbito clínico, o Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) é um escore utilizado na avaliação da resposta terapêutica e na estimativa da mortalidade dos pacientes nessa condição. Esse cenário torna evidente a possibilidade de refinarmos o acompanhamento de pacientes em cuidados intensivos.

Objetivos

Objetivos: O estudo busca estabelecer a relação entre PCR e SOFA, durante o internamento de pacientes em quadros de sepse na UTI de nossa instituição, e a possibilidade de uso do escore como avaliador de prognóstico nessa circunstância.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Trata-se de um observacional transversal baseado em prontuários obtidos nas UTIs do Hospital Cajuru de Curitiba – PR entre os meses de Maio de 2016 a Dezembro de 2017. Dessa forma, coletamos 200 prontuários, excluindo 19 devido à limitação de leitura do PCR pela máquina utilizada Cruzamos a variação do PCR do primeiro ao quinto dia com a variação do SOFA nesse mesmo intervalo e comparamos os dados encontrados com os desfechos.

Resultados

Resultados: Foi encontrada uma correlação positiva, porem fraca (coeficiente de correlação de Spearman=0,216, p=0,003), entre a variação do PCR e do SOFA. Identificamos, ainda, que a média da variação do SOFA apresenta diferença significativa (p<0,001) quando comparada ao desfecho, de forma que sua maior média se correlacionou com maior probabilidade de óbito. Por outro lado, o mesmo não ocorreu com o PCR (p=0,949). Ambos foram avaliados pelo teste T de Student.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: O estudo apontou que, apesar de ser um bom marcador inflamatório, o PCR não se mostrou um bom preditor de mortalidade. Além disso, concluímos que a relação entre variação do PCR e SOFA pode se mostrar útil para a prática clínica.

Palavras-chave

Palavras-chave: Sepse; PCR; SOFA; UTI

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Cajuru - Paraná - Brasil

Autores

Geison Meller da Silva, Viviane Bernardes Chalben, Cesar Pirajá Bandeira, Enzo Katsumi Hirose, André Kohara Roman, Mario De Geus Neto