15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Estratificação de risco de mortalidade em idosos em um ambulatório de nefrogeriatria

Fundamentação/Introdução

Envelhecer é um processo inexorável assim como o envelhecimento vascular de todos os sistemas, o envelhecimento renal tem sido estudado nos últimos anos e questionado se a diminuição progressiva da taxa de filtração glomerular seria um processo de doença renal crônica ou simplesmente senescência renal. Por isso um estudo foi realizado com o objetivo de propor uma nova classificação de risco de mortalidade corrigido para idade e todas as causas de mortalidade, desviando o ponto de corte da taxa de filtração glomerular para 45ml/min para que o paciente possa ser considerado DRC.

Objetivos

Estratificar o risco de mortalidade em pacientes acima de 65 anos atendidos em ambulatório de nefrogeriatria utilizando a classificação adaptada por Denic e colaboradores.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal retrospectivo de análise de prontuários entre janeiro e junho de 2019, foram analisados dados clínico-laboratoriais e os pacientes foram estratificados em 6 categorias conforme idade e taxa de filtração glomerular: 1-idade entre 65-74 anos e TFGE acima 60ml/min-Risco relativo de 1,04-1,09 2-idade entre 65-74 anos e TFGe entre 45-60-Risco relativo de mortalidade 1,19-1,35 3-idade entre 65-74 anos e TFGe entre 45-15-Risco relativo de mortalidade 2,0-3,22 4-idade acima 75 anos e TFGe acima 60ml/min-Risco relativo de mortalidade 1,0 5-idade acima 75 anos e TFGe entre 45-60ml/min-Risco relativo de mortalidade 1,15-1,19 6-idade acima 75 anos e TFGe entre 45-15-Risco relativo de mortalidade 1,64-2,49. Os dados analisados em programa estatístico graphpad utilizando os testes Shapiro-Wilk, teste t não-pareado, Mann-Whitney (p<0.05) e correlações de Pearson and Spearman, foi utilizado tabela de contingência com teste Chi-square(p<0,05).

Resultados

Estudo com 82 pacientes com Idade média 71,1+/-7,7anos, PAS 141,9+/-29 mmhg, PAD 77,6+/-11,2mmhg, IMC 27+/-3,8, TFGe 37,8+/-16,2, colesterol 167,5+/-55 mg/dl, HDL 50,8+/-26mg/dl, LDL 88,4+/-48,7 mg/dl, triglicérides 181,7+/-79,5mg/dl, microalb 60+/-89mg/2hs, ácido úrico8,0mg/dl, glicemia 109,9+/-49,8 mg/dl. Os pacientes de risco mais aumentado TFGe <45ml/min somam 42% da amostra, risco relativo intemediário corresponde a 23% da amostra e pacientes com risco relativo baixo correspondem a 32% da amostra.

Conclusões/Considerações finais

A aplicação deste tipo de estratificação facilita o manejo ambulatorial dos pacientes com afecções renais de mais alto risco de mortalidade direcionando mais esforços (mais consultas, maior apoio da equipe, reforço maior do suporte familiar) para este subgrupo.

Palavras-chave

Nefrogeriatria, senilidade, função renal, renal crônico, risco, estratificação.

Área

Clínica Médica

Instituições

HU-UFMA - Maranhão - Brasil

Autores

Maria Fátima Costa, Raymunda Sheyla Dias, Erika Ribeiro Carneiro, Patrícia Gonçalo Morais, Thales Goncalo Ribeiro Sousa, Jeremias Junior Goncalo Gaspar