15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

EFICÁCIA DA TERIFLUNOMIDA PARA TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA REMITENTE RECORRENTE DIAGNOSTICADA TARDIAMENTE: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, autoimune e desmielinizante do sistema nervoso central, sendo a forma remitente recorrente (EMRR) a mais comum. Os danos à mielina podem resultar na deterioração dos nervos, ocorrendo um processo irreversível e debilitante. As principais manifestações clínicas são diplopia, plegia, desequilíbrio e constipação. É de difícil diagnóstico, podendo a ressonância magnética (RM) de crânio revelar lesões de inflamação. A doença não tem cura, mas os tratamentos ajudam a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença, sendo a teriflunomida uma das principais indicadas para reduzir a frequência das exacerbações clínicas e retardar o acúmulo de incapacidade física.

Objetivos

Analisar, através de um relato de caso, a eficácia medicamentosa da teriflunomida na cessação dos sintomas causados pela EMRR.

Caso

DMA, 28 anos, masculino. Em 2011, começou a apresentar distúrbios comportamentais e diplopia. Em 2012, iniciou dificuldade para deambular e plegia do membro inferior direito. Após consultar um neurologista, realizou uma RM de crânio, a qual demonstrou lesões hiperintensas em T2 e flair, sem conclusões diagnósticas. Esses e demais sintomas eram recorrentes e passageiros. Em 2017, após uma amigdalite, teve nova plegia incapacitante e, na emergência, foi solicitado exame de liquor, o qual não pode ser realizado de forma particular. O sintoma cessou posteriormente. Em 2018, foi diagnosticado com distúrbio de humor, sendo encaminhado a outro neurologista. Ao realizar nova RM de crânio, encontrou-se múltiplos focos de lesões hiperintensas em T2 e flair comprometendo várias áreas da substância branca cerebral, relacionados à suspeita de doença desmielinizante. Associando os sinais clínicos pré-existentes, diagnosticou-se EM em atividade. Após cinco sessões de pulsoterapia, o paciente iniciou tratamento com teriflunomida que persiste até hodiernamente, relatando que os sintomas sensitivos-motores estão totalmente estabilizados após iniciar a medicação.

Conclusões/Considerações finais

A incorporação da teriflunomida para o tratamento da EMRR no âmbito do SUS, além da ampliação de seu acesso, é de fulcral necessidade para que os pacientes usufruam de seus benefícios. Por conseguinte, isso representa a introdução de um medicamento oral modificador do curso da doença, possibilitando um melhor bem-estar aos pacientes, principalmente àqueles que possuem o diagnóstico da EM tardiamente.

Palavras-chave

esclerose múltipla, teriflunomida, esclerose múltipla remitente recorrente, tratamento.

Área

Clínica Médica

Instituições

universidade luterana do brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Maria Eduarda Lemes da Silva, Andrezza Mezzalira, Marina Mees Kuster, Jorge Luiz Winckler, Tatiane Forlin Menegon