15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP-KIMBALL NA MORBIMORTALIDADE E TEMPO DE INTERNAÇÃO APÓS IAMCST

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: A estratificação de risco dos pacientes (pts) com infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST) pela classificação de Killip e Kimball (KK) avalia clinicamente a severidade da disfunção do ventrículo esquerdo e tem como objetivo estabelecer o prognóstico desses pts. A classificação de KK está correlacionada a maior incidência de arritmias malignas, parada cardíaca, maior tempo de internação e mortalidade. O tempo de internação após o tratamento de IAMCST varia conforme a literatura, não existindo uma recomendação específica nas diretrizes.

Objetivos

Objetivos: O objetivo desse estudo foi comparar a mortalidade e a duração da internação após IAMCST conforme a classificação de KK.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo de coorte prospectivo integrante de um banco de dados multicêntrico de pacientes com IAMCST. Foram incluídos pacientes internados no Hospital Universitário de Santa Maria com diagnóstico de IAMCST com menos de 12 horas de duração ou mais de 12 horas e angina persistente, no período de setembro de 2016 a dezembro de 2018. Foram avaliadas as características clínicas, tempo de internação e desfechos durante o período hospitalar. Os pacientes foram divididos conforme a classificação de KK em dois grupos: grupo 1 (KK I e II) e grupo 2 (KK III e IV). Comparações entre as variáveis foram realizadas pelo teste do qui-quadrado e teste T com o programa estatístico SPSS.

Resultados

Resultados: Foram analisados 188 pts no período, dos quais 185 tiveram a classificação de KK registrada, sendo 163 pts do grupo 1 e 20 pts do grupo 2. A média de idade dos pts foi 61,79+11,6 anos e 69,7% eram do sexo masculino. A ocorrência de ECVM foi maior no grupo 2 comparada ao grupo 1 (50% vs. 14,8%, respectivamente; p<0,01) assim como a mortalidade (30% vs. 6,8%, respectivamente; p<0,002). O tempo médio de internação no grupo 1 foi 8,7+6,9 dias e no grupo 2 foi 16,1+8,2 dias (p<0,01).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Pts com classificação de KK III/IV apresentaram maior ocorrência de ECVM, maior mortalidade e maior tempo de internação. Os resultados confirmam que a classificação de KK ainda é um dos principais preditores de mortalidade, apesar dos avanços no tratamento do IAMCST nas últimas décadas. São necessárias estratégias para melhorar os desfechos dos pacientes de maior gravidade, e a classificação de KK deve ser utilizada para a estratificação do risco neste cenário.

Palavras-chave

Palavras-chave: Infarto; Classificação de Killip e Kimball; Mortalidade

Área

Clínica Médica

Autores

Andressa Duarte Seehaber, Isabella Klafke Brixner, Natália da Silveira Colissi, Alessandra Rebelatto Boesing, Mateus Diniz Marques, Anibal Pereira Abelin