Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE COLELITÍASE COM DIAGNÓSTICO OCASIONAL DE FÍSTULA COLECISTOGRÁFICA: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A fistula colecistográfica é um tipo raro de fístula biliodigestiva, a qual corresponde a uma comunicação anormal entre o ducto biliar e o trato digestivo, mais frequente em mulheres mais velhas com história de colelitíase prévia além de outras doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade. Tem como sintoma mais frequente a dor abdominal coincidente com a dor da colelitíase, e a maioria dos diagnósticos são durante o processo cirúrgico, sendo raro o precoce através da endoscopia digestiva alta, o íleo bilear é a complicação rara e mais importante e o tratamento das fístulas consiste na gastrorrafia e colecistectomia.

Objetivos

Relatar caso clínico de um paciente, o qual foi diagnosticado com fistula colecistográfica.

Caso

Paciente de 35 anos, sexo feminino, 6 filhos de parto vaginal, sem historia familiar de colelitiase, obesa, sem comorbidades prévias, relata quadro de dor abdominal em região de hipocôndrio direito com irradiação para o dorso, associada a vômitos amarelados e dificuldade alimentar há 4 anos. Paciente realizou US abdominal a qual evidenciou doença calculosa crônica com indicação de colecistectomia eletiva. Refere meses de crises agudas de dor necessitando procurar o atendimento com frequência. Após esse período, dor aguda cessou seguida apenas de desconforto na região do hipocôndrio direito. Paciente interna para realização de colecistectomia por video eletiva e durante o processo operatório é visualizada uma fístula colecistográfica ocluída pela vesícula biliar, sendo necessária a conversão para a laparoscópica. Ao entrar na cavidade foi visualizada a fístula e realizada gastrorrafia e colecistectomia, sem demais complicações. Pós-operatório seguiu com boa evolução clínica, seguida de alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

A fístula colecistográfica consiste em uma condição rara de uma complicação pouco frequente da colelitiase. Raramente acomete mulheres jovens e devido à semelhante sintomatologia da colelitiase o diagnostico precoce é pouco frequente. Nota-se a predominância de diagnóstico durante o processo cirúrgico, ficando a sugestão para a otimização a utilização da endoscopia digestiva alta em potenciais candidatos a desenvolver algum tipo de fístula bileodigestiva.

Palavras-chave

fístulas; bileodigestivas; colecistográfica; colelitiase; colecistectomia; diagnóstico

Área

Clínica Médica