Dados do Trabalho

Título

Endocardite Infecciosa com Embolização Sistêmica

Introdução/Fundamentos

Endocardite infecciosa (EI) é a infecção do endocárdio por bactéria ou fungos que afetam principalmente valvas cardíacas nativas ou protéticas.

Objetivos

Relatar caso de EI com embolia sistêmica.

Caso

Homem de 52 anos, negro, diabético tipo 2, apresentando quadro de embotamento afetivo e astenia até ser encontrado com febre, rebaixamento do sensório, hipoatividade e disartria, sendo levado à emergência. Radiografia de Tórax (RxTx) mostrou derrame pleural septado. Iniciada antibioticoterapia (ATB) empírica com Levofloxacino e Pireraciclina+Tazobactam. Exames laboratoriais sem alterações. Tomografia Computadorizada (TC) de Crânio mostrou lesão hipodensa parieto-occipital esquerda. Persistiu com febre, sendo modificado o esquema de ATB para Meropenem + Vancomicina. Exibiu melhora após a troca da ATB, todavia apresentava desconforto abdominal, mialgia, sonolência, astenia, inapetência, além de equimoses em extremidades de dedos e artelhos. TC de Abdômen evidenciou áreas hipodensas em rins, fígado e baço, sugerindo múltiplos processos infecciosos, sendo levantada a hipótese de EI com embolização séptica, confirmada após realização de Ecocardiograma (ECO), que revelou valva mitral com vegetação de 2,2x0,6cm. Ressonância Magnética de Crânio revelou abscessos no encéfalo. ATB ajustados para sistema nervoso central e mantidos por 42 dias, havendo resolução completa do quadro clínico e radiológico.

Conclusões/Considerações finais

O caso revela a complexidade das embolizações sépticas na EI, que podem levar a complicações graves e retardar o diagnóstico. A relevância do caso baseia-se na apresentação clínica pouco usual e potencialmente grave, fazendo com que o reconhecimento precoce seja de extrema relevância.

Palavras-chave

Endocardite; endocardite bacteriana; embolia séptica; abscesso cerebral

Área

Clínica Médica