15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Avaliação Epidemiológica sobre o regime de Reconciliação Medicamentosa no Processo de Alta Hospitalar do Serviço de Clínica Médica de um Hospital Universitário da cidade de Curitiba – PR

Fundamentação/Introdução

Introdução: O Processo de Reconciliação medicamentosa (RM) consiste em uma lista precisa dos medicamentos domiciliares de um paciente que é compilada e comparada com a admissão, ordens de transferência e alta hospitalar.
Práticas inseguras na administração de medicamentos nos complexos sistemas de cuidado à saúde constituem problemática crônica, gerando eventos adversos e muitas vezes, colocando em risco a saúde do paciente. Conciliar esses medicamentos pré-hospitalares, com os prescritos e passar a informação clara no momento da alta são objetivos alcançáveis se esse processo for devidamente estabelecido e valorizado.

Objetivos

Objetivos: O objetivo deste estudo é analisar o percentual de adequação de Reconciliação Medicamentosa nos resumos de alta hospitalar ao que é preconizado pela literatura médica e descrever os principais erros de conciliação presentes e posteriormente sugerir um modelo-base para padronizar este processo.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo transversal realizado através da avaliação dos Resumos de Alta Hospitalar dos pacientes que estiveram internados no Serviço de Clínica Médica de um Hospital Universitário, localizado no município de Curitiba – PR, durante o período de Agosto/2018 até Janeiro/2019.

Resultados

Resultados: Da amostra parcial, foram avaliados 165 Resumos de Alta Hospitalar. Dentre os resultados mais relevantes, observamos que: 40,3% dos resumos de alta com reconciliação medicamentosa adequada aos padrões descritos pela literatura, enquanto 41,8% apresentaram uma RM não adequada. Dos não adequados, 50,7% continham omissão de medicação e 43,4%, não descreveram as drogas no documento em questão.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Esse trabalho evidencia como o Processo de Reconciliação Medicamentosa ainda é falho e necessita de padronização. Formular um modelo-base seria, portanto, uma importante ferramenta para melhorar a comunicação entre a equipe hospitalar, extra hospitalar e o paciente, protegendo este, de maneira geral, de efeitos negativos à saúde, resultantes de falhas na conciliação medicamentosa, como por exemplo, receber alta hospitalar sem a prescrição de medicações previamente utilizadas.
Nesse contexto, a elaboração e consolidação do modelo preconizado para o hospital em questão torna-se de extrema relevância na redução desses eventos, além de tornar a transição de cuidados mais segura.

Palavras-chave

Palavras-chave: conciliação medicamentosa, segurança hospitalar, segurança do paciente, erros de medicação, efeito adverso, reconciliação, transição de cuidados.

Área

Clínica Médica

Autores

Gabriela Bonilha Nogueira, Gibran Avelino Frandoloso, Fernanda Proença Lepca, Caroline de Oliveira Pereira