15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE INTERNAÇÕES POR SUSPEITA DE EMBOLIA PULMONAR NO BRASIL

Fundamentação/Introdução

A embolia pulmonar (EP) é considerada uma das principais emergências cardiorrespiratórias. Estudos têm mostrado uma tendência de distinção da taxa de mortalidade entre as cinco regiões brasileiras e gênero.

Objetivos

Descrever o perfil de internação hospitalar por suspeita diagnóstica de EP no Brasil, estratificando-os conforme a região, sexo, faixa etária, média de permanência hospitalar e taxa de mortalidade, no período de 2008 a 2018.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, descritivo, quantitativo e retrospectivo, com dados provenientes do sistema de informações sobre as Autorizações para Internações Hospitalares, disponível no DATASUS. As classificações utilizadas para o delineamento do estudo foram o capítulo IX do CID-10 (Doenças do Aparelho Circulatório) e a morbidade I26 (Embolia Pulmonar).

Resultados

No período analisado, as internações totais por doenças do aparelho circulatório registraram 12.427.638 casos, destas, 71.067 internações (0,57%) ocorreram por suspeita de EP. Em relação à EP, a região com maior número de casos foi a Sudeste com 56,11%, seguida de 24,48% na região Sul, Nordeste com 10,96%, Centro-Oeste 7,10% e Norte com aproximadamente 1%. Quanto à estratificação por sexo, as mulheres foram mais representativas, com cerca de 60,93% das internações. A suspeita diagnóstica por faixa etária registrou 13.467 casos em pacientes de 60 a 69 anos (cerca de 18,95% dos casos), 18,86% com 70 a 79 anos e 15,45% dos casos com 50 a 59 anos. Considerando todas as faixas etárias, a média de permanência hospitalar foi de 9,62 dias, com valores de desvio máximo de 10,1 dias e mínimos de 9,1. Conforme a taxa de mortalidade, sua média total foi de 20,52 e seus maiores valores se relacionam a pacientes acima de 80 anos (38,6), sexo masculino (21,69) e região Nordeste (25,8). Em contraponto, a faixa dos 20 a 29 anos de idade apresentou a menor taxa de mortalidade (8,24), assim como mulheres (20,24) e região Sul (17,7) registraram os melhores índices.

Conclusões/Considerações finais

As internações por EP foram maiores na região Sudeste, em mulheres e em idosos. A permanência hospitalar gerou uma média de 9,62 dias e a taxa de mortalidade foi de 20,52, apresentando variações importantes entre os sexos e as faixas etárias. É fundamental que se conheçam as tendências da taxa de mortalidade de doenças prevalentes como a EP, suas disparidades regionais e diferenças quanto a gênero, para a concepção e implementação de políticas de saúde nacionais.

Palavras-chave

Embolia Pulmonar, Estatísticas de Mortalidade, Epidemiologia nos Serviços de Saúde

Área

Clínica Médica

Autores

Caroline Vicenzi, Milene Fehlberg Sehn, Karoline Kuczynski, Ricardo Bica Noal, Rafael Pelissaro, Luna Hussein Colombelli