15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Carcinoma espinocelular moderadamente diferenciado de pulmão em paciente sem fatores de risco para a doença

Introdução/Fundamentos

O câncer de pulmão é, atualmente, o tumor maligno com a maior taxa de mortalidade mundial no homem e o segundo na mulher, nesta só perdendo para o câncer de mama. Na prática clínica, os carcinomas de pulmão são classificados em carcinoma de pequenas células e carcinoma não pequenas células. O câncer de pulmão em não fumantes é geralmente diagnosticado em um estágio tardio, sendo inicialmente investigado como uma infecção respiratória ou mesmo alergia, ainda assim, alguns estudos sugerem que a sobrevida global é melhor em não fumantes, sendo que as mulheres não fumantes têm um prognóstico melhor do que os homens não fumantes.

Objetivos

Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da investigação clínica em pacientes com dores crônicas, ressaltando a anamnese e exames físico, assim como, exames complementares pertinentes a história clínica do paciente em questão.

Caso

J. N. P. S. sexo feminino, 21 anos, parda, obesa, hipertensão gestacional prévia, sem histórico de tabagismo passivo ou ativo, história familiar de avô materno com câncer de estômago; iniciou com quadro de dorsalgia que irradiava para membros inferiores, de moderada intensidade, associada a dispneia aos pequenos esforços com tosse seca e sudorese profusa. Na investigação clinico oncológica, foi feito TC de abdome com lesões líticas em região de coluna, linfonodomegalia mediastinal e aspecto pulmonar em vidro fosco. Posteriormente, realizado segmentectomia em pulmão direito com biópsia de pleura e linfadenectomia mediastinal à direita, evidenciando carcinoma espinocelular moderadamente diferenciado do pulmão, além de metástase em linfonodo mediastinal por carcinoma espinocelular moderadamente diferenciado; iniciado tratamento oncológico com 3 ciclos de quimioterapia, porém após a última sessão, apresentou desconforto respiratório evoluindo para parada cardiorrespiratória em atividade elétrica sem pulso sem sucesso na RCP, e paciente vai a óbito.

Conclusões/Considerações finais

Portanto apresentamos um caso oncológico, de difícil controle a terapêutica proposta, uma vez que a paciente não fazia parte da população de risco habitual a doença fazendo com que o rastreio inicial não seja adequado.

Palavras-chave

CANCER DE PULMÃO, TABAGISMO, QUIMIOTERAPIA

Área

Clínica Médica

Autores

João Victor Neves Lopes , Marcela Pereira Oliveira Assunção , Cleonica Alves Silva