15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA OTIMIZAÇÃO DO TRATAMENTO AMBULATORIAL DOS PACIENTES COM DOENÇA CORONARIANA ESTÁVEL

Fundamentação/Introdução

O tratamento da Doença arterial coronariana (DAC) estável deve ser integrado com medicamentos que reduzam a morbimortalidade e os antianginosos.

Objetivos

Analisar se o tratamento da DAC estável está otimizado no serviço de Cardiologia da UNESC.

Delineamento e Métodos

Foram avaliados 217 prontuários com diagnóstico de DAC estável entre 2015 e 2017. Avaliaram-se dados demográficos, uso de fármacos e a respectiva otimização através do impacto na PAS e PAD, FC, LDL e na classe funcional canadense. Os achados são apresentados em percentual, média com distribuição normal (teste de kolmogorov-Smirnov).

Resultados

A média de idade foi 64,40 ± 10,40 anos, FC de 69,31 ± 11,69 bpm, LDL 106,09 ± 44,05, classe I 52,1%, classe II 31,8%, classe III 13,8%, classe IV 5%, PAS 138,78 ± 21,84 e PAD 83,80 ± 14,00 com uso de BRA, PAS 138,28 ± 22,13 e PAD 82,45 ± 13,32 com uso de ACC, PAS 130,70 ± 19,14 e PAD 80,20 ± 14,19 com IECA. Quanto ao tratamento, 75,6% usavam estatinas (23,7% otimizados), 74,7% ASS, (98,1% otimizados), 68,7% betabloqueadores (25%) 50,7% BRA (26,4%), 38,2% ACC (26,5%), 32,3% IECA (36,2%), 26,7% nitratos (72,4%), 13,8% clopidogrel (100% otimizados). Os dados obtidos nesta análise revelaram que a maioria dos pacientes com DAC estável faz uso de fármacos preconizados. Todavia, as metas de LDL menor que 70 mg/dl, PA igual ou menor que 120x80 mmHg e FC menor ou igual a 60 bpm foram alcançadas apenas em torno de um quarto a um terço dos pacientes. O estudo também demonstra que a maioria dos pacientes apresenta classe funcional menos anginosa, sendo a minoria com doença grave, permitindo sugerir que apesar de falhas na instituição do tratamento, a maioria está com os sintomas controlados.

Conclusões/Considerações finais

A maioria dos pacientes fez uso de fármacos que reduzem a morbimortalidade. Porém, os valores de LDL, pressão arterial, frequência cardíaca estão distantes das metas. Por conseguinte, essa população necessita de reavaliação do tratamento e possivelmente otimização da terapia. Para tal, sugere-se prescrever outros fármacos ou aumentar a dose dos anteriormente prescritos, visando prolongar a sobrevida.

Palavras-chave

DOENÇAS CORONARIANAS, TRATAMENTO, ANGINA ESTÁVEL

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

Mônica Borges da Silva, Amanda Cirimbelli Bolan, Larissa Felcar Hill