15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ESTENOSE URETERAL ASSOCIADA À URETERORRENOLITOTRIPSIA SEMIRRÍGIDA

Introdução/Fundamentos

Fundamentação/introdução: A ureterolitíase é uma doença frequente com maior incidência em homens na terceira década de vida. A formação de estenoses ureterais é uma complicação possível, porém infrequente, nos tratamentos endourológicos de cálculos ureterais localizados no ureter médio.

Objetivos

Objetivos: Este trabalho tem por objetivo relatar a estenose ureteral, uma complicação pouco frequente da ureterorrenolitotripsia.

Caso

Caso: Paciente masculino, 47 anos, em janeiro de 2019 apresentou cólica renal e foi submetido à ureterorrenolitotripsia semirrígida com fragmentação a laser, por cálculo em ureter médio à esquerda de 6 milímetros e densidade de 500 Unidades Hounsfield. O procedimento foi realizado sem intercorrências, com 30 minutos de duração e com fragmentação total do cálculo, sendo o tempo de uso do laser de 2 minutos e 46 segundos, 2002 batidas, com uma energia de 1190.4 Joules. Paciente utilizou cateter duplo J durante 6 dias. Em julho de 2019, o paciente retornou com dor lombar à esquerda de forte intensidade e com suspeita de nova passagem de cálculo. Na tomografia computadorizada de vias urinárias foi constatado hidronefrose, decorrente da obstrução total do terço médio do ureter esquerdo, acima dos vasos ilíacos. Submetido à ureteroscopia, não foi possível introduzir o fio guia devido à obstrução total do ureter, decidindo-se, então, por realizar uretero-ureteroanastomose à esquerda com ressecção de 0,5 centímetros de ureter obstruído e passagem do cateter duplo J. Após o procedimento, o paciente evoluiu favoravelmente e encontra-se, atualmente, assintomático e com ausência de hidronefrose.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: A formação de estenose ureteral após o tratamento endoscópico para cálculos ureterais é pouco frequente, uma vez que se apresenta sem manifestações clínicas bem esclarecidas e, até então, não há fatores que predizem a formação das estenoses ureterais. A ureterorrenolitotripsia, sendo uma terapia minimamente invasiva, tem alta eficiência e garante um menor número de complicações e menor tempo de internação.

Palavras-chave

Estenose Ureteral; Ureterorrenolitotripsia; Hidronefrose; Ureterolitíase

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Gabrielle Azambuja, Victoria Lucateli Bernardi , Karoline Kuczynski, Paulo Roberto Laste