15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ABUSO DE SUBSTÂNCIAS VASOATIVAS E AVE EM JOVENS - RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) tem como importantes fatores de risco a dislipidemia, o tabagismo e a hipertensão, os quais são altamente prevalentes entre a população jovem afetada. Apesar da melhora na prevenção primária, diagnóstico e tratamento, o AVC continua a ser a terceira principal causa de morte e a primeira principal causa de incapacidade para adultos com menos de 50 anos de idade. A etiologia do AVC é dividida em isquêmicos e hemorrágicos. Em jovens, há uma particularidade nas causas do AVC, como distúrbios hematológicos, abuso de substâncias, uso de contraceptivos orais e enxaqueca. Em relação à migrânea, há evidências de estudos caso-controle sugerindo que particularmente aqueles com aura estão associados com risco aumentado de acidente vascular cerebral isquêmico em mulheres com menos de 45 anos. O mecanismo fisiopatológico permanece obscuro, embora estudos tenham mostrado que derivados do ergot podem ter efeitos aditivos e causar prolongamento. Reações vasoespásticas sugerem alguma relação com os fatores de risco para o AVC.

Objetivos

O objetivo é mostrar a relação do AVE com seus fatores de risco, e como isso é interligado com a faixa-etária

Caso

Mulher, 38 anos, refere acordar em um episódio de enxaqueca com aura. O tratamento foi realizado com ergotamina, cafeína e dipirona. Relata que quando ela foi ao banheiro, houve dilatação da pupila esquerda e redução da força no hemisfério direito do corpo. Os seguintes exames foram realizados: angiografia cerebral de 4 vasos, TC de crânio, ultrassom de abdome total, antitrombina III, proteína c funcional e proteína S livre, anticoagulante lúpico, homocisteína, potássio, sódio, uréia, proteína C-reativa, triglicerídeos, cardiolipina IgM com resultados dentro dos parâmetros de normalidade. A imagem de ressonância magnética do encéfalo mostra infarto isquêmico direito agudo na medula oblonga e hipoplasia da artéria vertebral direita sugerindo, assim, variação anatômica, o ecocardiograma mostra um resultado normal sob o aspecto anatômico. O exame de colesterol e frações totais, colesterol HDL e colesterol LDL estavam alterados. Hormônio normal do TSH, eletroforese de proteínas séricas com albumina abaixo do valor e alfa 1 acima do valor, HSV alterado, TGP e fator reumatoide normais.

Conclusões/Considerações finais

Todos os casos de AVE em pacientes jovens merecem investigação completa na busca das principais etiologias mencionadas acima, para cada faixa etária. No entanto, às vezes atribuímos isso e outros a causas criptogênicas.

Palavras-chave

AVE EM JOVENS;
VASOATIVOS;
INVESTIGAÇÃO DE AVE

Área

Clínica Médica

Autores

Laura Marcelino Gomes Nogueira, Letícia Santos Borges, Ana Cristyna Saad Murad, Fábio Henrique Limonte, Michele Queiroz Balech