15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA FRAGILIDADE DO IDOSO CARDIOPATA

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: O processo de fragilização dos idosos é caracterizado pelo declínio das reservas fisiológicas, podendo provocar o surgimento de doenças cardiovasculares (DCVs) e piorar o prognóstico das já existentes. O desafio atual é reconhecer a avaliação da fragilidade do idoso cardiopata como um pilar da avaliação geriátrica, a fim de impedir desfechos adversos.

Objetivos

OBJETIVOS: Evidenciar a necessidade da avaliação da fragilidade do idoso cardiopata, a fim de melhorar o prognóstico das DCVs.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Trata-se de uma revisão literária que usou dados da atualização da Diretriz em Cardiogeriatria de 2019 e artigos científicos encontrados no banco de dados do Scielo.

Resultados

RESULTADOS: A fragilidade em idosos constitui uma síndrome multidimensional ligada ao processo de envelhecimento que preconiza uma série de alterações fisiológicas, como o aumento das DVCs e a piora no prognóstico desses pacientes. Identificar idosos fragéis é importante para que se possa implementar as intervenções multidimensionais, reduzindo os desfechos adversos, bem como para prever os riscos; já que os idosos cardiopatas e frágeis apresentam maior risco em intervenções cirúrgicas, como a angioplastia coronariana e um risco duas vezes maior de morte, além de representar um desafio para o tratamento adequado da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Um estudo longitudinal cardiovascular identificou as manifestações da síndrome: perda de peso não intencional, fraqueza muscular, fadiga, redução da velocidade da marcha e do grau de atividade física. A partir delas, propuseram critérios diagnósticos conhecidos como a Escala de Rastreio de Fragilidade do Cardiovascular Health Study, assim como outros índices e escalas: Groningen Frailty Indicator, o instrumento PRISMA e a Escala de Fragilidade de Edmonton, os quais tiveram adaptação transcultural e validação no Brasil. Estudos têm demonstrado que o teste de velocidade de marcha de 5 metros é uma ferramenta útil na avaliação da fragilidade em idosos encaminhados para implante valvar aórtico percutâneo. Nesses idosos, a meta terapêutica das DCVs, como a HAS, deve ser individualizada e consideradas as relações riscos/benefícios em cada caso.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: A identificação da fragilidade não deve ser vista como uma razão para se suspender tratamentos, mas para se programarem intervenções individualizadas, centradas no paciente e merecem uma melhor atenção dos profissionais nesse quesito, a fim de melhorar o prognóstico desses pacientes.

Palavras-chave

Palavras-chave: Fragilidade, avaliação clínica, doenças cardiovasculares

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Ana Luiza Souza Matos, Amanda Laysla Rodrigues Ramalho, Lucas Lenine Dantas Formiga, Ivson Cartaxo Braga, Thainara Felix Diniz Araujo