15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Aneurismas Intracranianos em Idosos

Fundamentação/Introdução

Fundamentos/Introdução: O diagnóstico de aneurismas intracerebrais não rotos vem aumentando a cada ano, juntamente com a preocupação de desfechos clínicos desfavoráveis como a hemorragia subaracnoidea. Há diversos fatores de risco para ruptura de aneurismas, sendo um deles a idade avançada. Em virtude do aumento da expectativa de vida da população, os idosos representam o grupo de maior risco para complicações de aneurismas.

Objetivos

Objetivos: Analisar as características de aneurismas intracranianos rotos e não rotos em pacientes idosos submetidos à arteriografia cerebral diagnóstica e terapêutica em um hospital de referência em Neurocirurgia, assim como descrever o perfil epidemiológico da amostra.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, realizado a partir de um banco de dados de um serviço de Neurocirurgia, no período de novembro de 2005 a dezembro de 2018. A amostra é composta por 599 pacientes com aneurisma intracraniano e faixa etária de 60 a 91 anos.

Resultados

Resultados: A amostra foi dividida em aneurismas rotos (n=182) e não rotos (n=417). Dentre os aneurismas rotos, a idade média foi 67,8 anos, sendo 74,7% do sexo feminino, 25,3% do sexo masculino, 58,8% hipertensos, 27,5% tabagistas, 23% dislipidêmicos e 6,6% diabéticos. Com relação à localização e ao tamanho dos aneurismas, os três sítios mais comuns foram a artéria comunicante posterior (29,7%), a artéria comunicante anterior (28%) e a bifurcação da artéria cerebral média (9,9%); 26,9% eram pequenos, 19,8% grandes e 3,3% gigantes. Dentre os aneurismas não rotos, a média de idade foi de 66,7 anos, sendo 77,7% do sexo feminino, 22,3% do sexo masculino, 77,% hipertensos, 23,3% tabagistas, 54% dislipidêmicos e 7% diabéticos. Com relação à localização e ao tamanho dos aneurismas, os três locais mais comuns foram a bifurcação da artéria cerebral média (15,8%), a artéria comunicante anterior (13,4%) e o segmento cavernoso da artéria carótida interna (13%); 66,4% eram pequenos, 19,9% grandes e 13,7% gigantes. A morbimortalidade ficou em 12% no grupo de pacientes com aneurismas rotos e 3% no grupo de aneurismas não rotos.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os dados encontrados neste estudo estão em concordância com a literatura atual. É importante acompanhar a população idosa com diagnóstico de aneurisma não roto, atentando-se sobretudo aos fatores de risco de ruptura, de modo a realizar tratamento precoce quando indicado, em busca de prevenir desfechos desfavoráveis.

Palavras-chave

Aneurismas intracranianos, idosos.

Área

Clínica Médica

Autores

Caio Gabriel Jeronymo Lima Brasileiro, Vitor Dias de Almeida, Willian Rafael Berticelli, Mateus Campestrini Harger, Leandro José Haas