15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

EMBOLIZAÇÃO SÉPTICA PULMONAR POR TROMBOFLEBITE SÉPTICA DE VEIA SAFENA E COLATERAIS: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Introdução: A tromboflebite, composta por trombose e inflamação estéril de veias superficiais, é caracterizada por sinais flogísticos no trajeto da veia acometida e palpação endurecida da veia trombosada. Geralmente de curso benigno, porém pode apresentar complicações como trombose de veia profunda, tromboembolia pulmonar, infecção local e sepse (tromboflebite séptica), embolia séptica.

Objetivos

Objetivos: Relatar um caso clínico de êmbolos pulmonares secundários a tromboflebite séptica. Cabe maior discussão acerca do assunto correlacionando com dados da literatura.

Caso

Descrição do caso: Homem, 40 anos, queixa de febre, perda ponderal não quantificada, astenia e dor no corpo. Diante do quadro, foi iniciado ceftriaxone, empiricamente. Encaminhado para UTI com quadro de choque séptico de foco não esclarecido. Apresentava taquidispneia, hipotensão, taquicardia, temperatura de 37,7°C, ausculta pulmonar com estertores em terço inferior de hemitórax esquerdo, tumefação em região medial do joelho e perna esquerda, com sinais flogísticos. O hemograma apontou leucopenia e plaquetopenia. Diante disso, foi feito acesso venoso central, noradrenalina e início de cefepime e amicacina. Em ultrassonografia de joelho esquerdo constatou-se tromboflebite em veia safena magna, sem sinais de derrame articular. Ecocardiograma normal, hemocultura negativa. Na enfermaria, evoluiu com piora clínica, agravamento do quadro laboratorial e apresentou condensações bilaterais em radio x de tórax. Foi coletado nova hemocultura e substituído o antibiótico para vancomicina e meropenem. A tomografia de tórax revelou presença de lesões nodulares pulmonares, com cavitações e áreas consolidativas, as quais sugerem disseminação hematogênica que, no contexto clínico, representam embolos sépticos. Submetido à ressecção cirúrgica da veia safena e colaterais e drenagem de coleções purulentas, o paciente apresentou boa evolução e resolução do quadro.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Tromboflebite séptica é mais descrita na literatura em extremidade superiores e veias do pescoço, geralmente após inserção de cateteres, usuários de drogas injetáveis e infecções obstétricas. Neste caso, não foi identificado qualquer porta de entrada para infecção do trombo. O agente infeccioso também não foi identificado nas culturas, provavelmente porque já estava em uso de antibióticos no momento da coleta. S. aureus é o agente mais comum em tromboflebites sépticas. O exame físico cuidadoso é imprescindível para um adequado diagnóstico e manejo clínico.

Palavras-chave

Tromboflebite séptica. Tromboflebite de veias superficiais. Embolia pulmonar séptica.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Pato Branco - FADEP - Paraná - Brasil, Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Hospital Policlínica Pato Branco - Paraná - Brasil

Autores

Any Thaís Colecha, Lais Vanessa Colecha, Fabricio Wollmann Zandoná, Abdul Sebastião Pholman