15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

A relação do estresse no desenvolvimento das doenças de pele: uma revisão de literatura

Fundamentação/Introdução

O estresse se apresenta como um fator de grande relevância para redução da qualidade de vida, caracterizado por provocar um desequilíbrio na homeostase, resultando em um quadro de imunodepressão que favorece o desenvolvimento de dermatoses psicossomáticas. As lesões psicossomáticas correspondem de 30-60% dos atendimentos dermatológicos; desse modo, apresenta elevada incidência na prática clínica diária, sendo de importante relevancia uma boa identificação precoce de tais patologias, seja no atendimento em especialidade, seja no atendimento do médico generalista.

Objetivos

Evidenciar a influência do estresse no desenvolvimento de manifestações dermatológicas.

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma revisão de literatura entre os anos de 2000 a 2018, na qual foram analisadas as principais características de patologias dermatológicas associadas à níveis elevados de estresse.

Resultados

A pele e o sistema nervoso possuem a mesma origem embriológica, por causa disso, são afetados pelo os mesmos hormônios e neurotransmissores. Os mediadores do sistema neuro-imuno-cutâneo explicam a interação entre sistema nervoso, pele e imunidade. O estresse psicológico perturba a homeostase da barreira de permeabilidade epidérmica, podendo desencadear alguns distúrbios inflamatórios, como a dermatite atópica e a psoríase. Assim, tudo o que acontece no cérebro, como o estresse, afeta o sistema imunológico porque existe um circuito bidirecional entre o sistema nervoso central e o sistema imunológico, pelo eixo hipotálamo-pituitária-adrenal. E além disso, a pele pode transmitir estímulos ao sistema nervoso central e pode manifestar reações psicossomáticas secundárias ao Sistema Nervoso Autônomo, além da regulação imune.

Conclusões/Considerações finais

Os hormônios associados à carga crônica de estresse protegem o corpo a curto prazo e promovem a adaptação, mas, a longo prazo, essa carga provoca alterações no cérebro e no corpo pelo acúmulo do estresse, que acaba gerando a imunodepressão, o que resulta no surgimento de doenças infeciosas, alérgica, autoimune e degenerativas. Assim, a pele é afetada diretamente e indiretamente pelo estresse e é importante sempre ter em mente o papel que esse pode estar desempenhando na geração, agravamento ou manutenção das dermatoses.

Palavras-chave

dermatoses; estresse; psicodermatologia

Área

Clínica Médica

Instituições

faculdades pequeno prinicipe - Paraná - Brasil

Autores

VIRGILIO FROTA ROSSATO, MARIA ELISA MENEGUETTI, ALAIANA APARECIDA SOARES, MAYARA SCHULZE COSECHEN ROSVAILER