15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR PÓS – INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO : CASO ATÍPICO

Introdução/Fundamentos

A comunicação interventricular é uma complicação incomum do Infarto do Miocárdio ( IM ) , especialmente após o advento das terapias trombolíticas e os avanços na assistência cirúrgica . Porém, se não reconhecida ou adequadamente tratada apresenta ainda elevada morbimortalidade.
Apresentamos um caso atípico em que o paciente procurou atendimento três semanas após o provável evento inicial .

Objetivos

Enfatizar a importância do diagnóstico precoce a fim de minimizar suas complicações e alertar sobre a alta morbimortalidade da doença

Caso

Paciente masculino, 70 anos, previamente hígido, sem história tabagismo ou etilismo, é atendido na emergência de um Hospital do Extremo Sul Catarinense em junho 2019, referindo que há 3 semanas iniciou com dor torácica típica, cessada espontaneamente em 2horas. Refere não ter procurado atendimento médico devido melhora quadro álgico. Desde então , evoluiu com dispneia aos pequenos/médios esforços , progressivo, ortopneia e dispneia paroxística noturna , associado a tosse seca, sem febre ou outros comemorativos. Ao exame clinico da chegada apresentava sopro holossistólico +4/+6 em foco tricúspide e mitral. Ao Raio X apresentava discreta cardiomegalia, derrame pleural bilateral associado a consolidação em Lobo inferior direito . Realizado Ecocardiograma transtorácico evidenciando FE 47% ( Simpson ) , acinesia paredes septal posterior basal e medial e posterior basal e medial , além de defeito no septo interventricular posterior basal , medindo até 14mm , fluxo Esquerda para direita, com gradiente sistólico 53mmHg, além de Aneurisma parede inferior ventricular Esquerda.
Durante seguimento clínico, em tratamento para pneumonia adquirida na comunidade associado com Cefepime e Azitromicina , paciente evolui , após 7 dias de internação , com parada cardiorrespiratória ( PCR ) em atividade elétrica sem pulso com retorno da circulação espontânea ( RCE ) após 4min manobras ressucitação cardiopulmonar ( RCP ) , apresentando cianose central, diferença de 50mmhg entre as Pressões arteriais sistólicas dos membros superiores . Após 10min, evolui novamente com PCR em assistolia sem RCE após manobras RCP durante 30min e óbito.

Conclusões/Considerações finais

Sabe-se que a comunicação interventricular pós IM é uma complicação potencialmente fatal, levando a instabilidade hemodinâmica e óbito em relativo curto espaço de tempo. Portanto, o manejo precoce deve ser enfatizado a fim de evitar complicações.

Palavras-chave

Infarto agudo do miocárdio
comunicação interventricular
sopro
dor torácica

Área

Clínica Médica

Autores

Bruna Venhold Picolo, Cassiano Tonial, João Henrique Liecheski Marques