Dados do Trabalho
Título
DEPRESSÃO E ANSIEDADE COMO POTENCIALIZADORES DA INTERNAÇÃO POR AGUDIZAÇÃO DA DPOC
Fundamentação/Introdução
Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ocorre perda crescente da função pulmonar, reduzindo a habilidade de desempenhar atividades anteriormente realizadas, culminando na diminuição da autonomia e independência. A ansiedade e depressão são sintomas comuns nesses pacientes, o que pode ter um efeito prejudicial na qualidade de vida.
Objetivos
Identificar a prevalência de depressão e ansiedade, avaliando a interferência dessas doenças psíquicas na qualidade de vida do paciente.
Delineamento e Métodos
Estudo coorte transversal com base em revisão sistemática de prontuários e aplicação de questionários padronizados [Saint George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão] aos pacientes internados por exacerbação de DPOC em hospitais do município de Joinville-SC. Os pacientes foram classificados de acordo com critérios espirométricos para estadiamento da DPOC conforme GOLD (Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e tiveram o risco adicional de morte avaliado pelo escore obtido no Índice de Comorbidade de Charlson.
Resultados
O questionário foi aplicado para 34 pacientes internados por exacerbação do quadro de DPOC. Dos quais 19 (56%) eram mulheres, 21 (61,7%) eram aposentados, 23 (67,6%) analfabetos, 14 (41,14%) casados. Foram identificados 13 (38,2%) pacientes com escore positivo para depressão e 12 (35,2%) para ansiedade. Somente 29 pacientes possuíam classificação GOLD em prontuário, 22 (75,8%) foram classificados como DPOC muito grave, 4 (13,7%) como DPOC grave e 3 (10,34) como moderado. De acordo com o Índice de Comorbidade de Charlson, 85,2% tinham mais de 3 pontos (53% deles tinham maior probabilidade de morrer em dez anos). No decorrer do estudo 4 pacientes faleceram.
Conclusões/Considerações finais
A prevalência de depressão e ansiedade na amostra foi de 38,2% e 35,2%, respectivamente. O impacto na qualidade de vida, segundo o SGRQ, foi muito alto em pacientes com DPOC que apresentam ou não depressão e ansiedade. No entanto, o valor de "p" não mostra diferença estatística.
Palavras-chave
Área
Clínica Médica
Autores
Ana Luiza Dal Ponte, Fabiano Luis Schwingel, Gabriela Baum, Heloisa Da Silva Schafaschek, Luiz Carlos D'Aquino