15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DOS AGENTES ETIOLÓGICOS DAS MENINGITES DIAGNOSTICADAS NO ESTADO DO AMAPÁ NO PERÍODO DE 2014 A 2018

Fundamentação/Introdução

Meningite é definida como o processo inflamatório das meninges. Essa doença pode ser causada por diversos agentes, mais comumente por N. meningitidis, S. pneumoniae e enterovírus.

Objetivos

Delinear um perfil etiológico das meningites diagnosticadas no Amapá (AP) entre 2014 a 2018.

Delineamento e Métodos

Estudo quantitativo e descritivo realizado por dados obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. As seguintes variáveis foram consideradas: etiologia das meningites e método de confirmação.

Resultados

Entre 2014-2018 foram registrados 60 casos de meningite no AP, correspondendo a cerca de 0,07% do total de notificações do país (83.451). Com relação aos agentes etológicos causadores da meningite, cerca de 27 casos foram notificados como meningite não especificada (MNE) e 8 casos como meningite por outra etiologia. As meningites por outras bactérias (MB) e meningites por pneumococo foram notificadas com 7 casos cada. A meningite meningocócica (MM) correspondeu a 6 casos e a meningococcemia a 3 casos. Por fim, as etiologias virais (MV) corresponderam a 2 casos do total. Quanto ao critério de confirmação, 55 casos foram notificados como em branco. Dos 4 casos diagnosticados por contraimunoeletroforese, todos foram causados por MM. O único caso confirmado por aglutinação pelo látex correspondeu a MM.

Conclusões/Considerações finais

Quase metade dos casos foram descritos como MNE, sem a definição do agente etiológico da meningite. Soma-se isso ao fato que a maior parte das confirmações diagnósticas foram descritas como em branco, sendo, portanto, um obstáculo no delineamento epidemiológico da doença. A busca pelo agente etiológico da doença é de fundamental importância visto que no caso de certos agentes como meningococo e H. influenzae, pode ser necessário o uso de quimioprofilaxia. Ademais, a classificação etiológica é importante para as ações de vigilância epidemiológica. Além disso, é fundamental a diferenciação entre MB e MV, especialmente por conta da forma de evolução da doença. A dificuldade na descoberta do agente causador da doença pode ser por conta de dificuldades na coleta e armazenamento do liquido cefalorraquidiano ou até mesmo por problemas no acesso a laboratórios de referência. Diante da importância de identificar e diferenciar os agentes etiológicos causadores da meningite, é necessário averiguar porque esses agentes não estão sendo pesquisados e o que pode ser feito para melhorar essa situação.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Cláudia Guerra Xavier Da Silva, Amanda Alves Fecury, Camila Lins Bilby Baima, Thayna Almeida Batista, Lais Rolim Barbosa Coutinho