Dados do Trabalho
Título
Avaliação do potencial genotóxico e antioxidante dos extratos dos caules e das folhas de Eugenia mattosii
Fundamentação/Introdução
As plantas medicinais são compostas por substâncias químicas, cujas propriedades são ricas fontes para pesquisas e descoberta de novos compostos com potencial farmacológico. Na planta Eugenia mattosii foram isolados compostos fenólicos, que estão diretamente relacionados com a atividade antioxidante, além de sua composição promissora com propriedades terapêuticas.
Objetivos
Este estudo avaliou a atividade antioxidante e o possível efeito genotóxico dos extratos metanólicos dos caules e folhas de Eugenia mattosii.
Delineamento e Métodos
Os extratos metanólicos das folhas e caules de E. mattosii foram avaliados nas concentrações 2 mg/mL, 1 mg/mL, 0,5 mg/mL, 0,25 mg/mL e 0,05 mg/mL utilizando o modelo de proteção do plasmídeo pBSK II em gel de eletroforese e ensaio de cometas em leucócitos de sangue total. Os controles foram o metil metanosulfonato (MMS) (positivo) e tampão salina fosfato (PBS) como controle negativo, assim expostos durante 1, 6, 12 e 24 horas. Para avaliar os danos oxidativos os controles foram o 2,2'-azobis (2-amidinopropane hydrochloride) (AAPH) (controle negativo) e Trolox® (controle positivo).
Resultados
Na avaliação do efeito antioxidante dos extratos, foi possível observar atividade antioxidante nas concentrações de ambos os extratos, pois existe uma maior quantidade do DNA plasmidial em sua forma superenovelada do que em sua forma linear, essa proteção é dose dependente. O DNA superenovelado foi gradualmente protegido de acordo com o aumento da concentração das amostras, porém nas concentrações de 0,5, 0,25 e 0,05 mg/mL, os extratos metanólicos das folhas demonstraram menor capacidade de proteção do DNA. O mesmo ocorreu na concentração de 0,05 mg/mL, com os extratos metanólicos dos caules. Na atividade genotóxica os resultados mostraram danos de baixo nível, nas cinco diferentes concentrações dos extratos. O valor de p>0,05 na comparação entre o controle PBS em relação aos extratos vegetais, sugere que não há diferença estatística entre esses. Já na comparação entre o controle MMS com os extratos vegetais e controle PBS, foi possível observar o valor de p<0,05, portanto pode-se observar que há diferença estatística entre os mesmos.
Conclusões/Considerações finais
Esses achados sugerem que os extratos das folhas e dos caules de E. mattossi, nas concentrações testadas, não são capazes de provocar danos significativos ao aparato celular genético. Ainda foi possível constatar a atividade antioxidante dos extratos.
Palavras-chave
Ensaio de cometas, atividade antioxidante, Myrtaceae (Eugenia).
Área
Clínica Médica
Instituições
UNIVALI - Universidade do Valeu do Itajaí - Santa Catarina - Brasil
Autores
Gabriela Vequi, Poliana Carolina Viar Falcão, Vanessa Andreatta Matias, Giovana Vechi, Adriana Bramorski, Josiane Carvalho Vitorino