15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Angioedema hereditário: qualidade de vida de paciente atendido em ambulatório de alergia em Itajaí, Santa Catarina

Introdução/Fundamentos

Introdução: Angioedema hereditário (AEH) é uma modificação autossômica dominante, com prevalência incomum. Apresenta deficit funcional e/ou quantitativo do inibidor de C1, decorrente de mutações genéticas. As crises são incapacitantes e debilitantes, relacionadas à quadros potencialmente fatais, além de causar instabilidade emocional.

Objetivos

Objetivo: Comparar a qualidade de vida (QV) de um paciente portador de AEH, atendido no ambulatório de alergia em Itajaí, Santa Catarina, antes e após o tratamento medicamentoso.

Caso

Métodos: Avaliou-se a QV de um indivíduo com diagnóstico de AEH, previamente, sem uso de tratamento medicamentoso, e após 7 meses em uso de oxandrolona. Os instrumentos avaliativos foram as versões em português do questionário de Estado de Saúde SF-36V2, do Questionário de Angioedema Activity Score (AAS) e do Questionário de QV para Paciente com Inchaço Recorrente (AE-QoL).
Resultados: Paciente masculino, 53 anos, com diagnóstico de AEH, apresentava crises frequentes de angioedema, cerca de duas vezes ao mês, com duração de quatro dias. Internações prévias devido às crises, necessitando de ventilação mecânica em seis episódios. Iniciado tratamento com oxandrolona 2,5 mg, três vezes ao dia. Previamente ao tratamento, apresentou no SF-36V2, valores baixos no desempenho e funcionamento físico, dor corporal e saúde em geral, valor mínimo no desempenho emocional, vitalidade, funcionamento social e saúde mental. No AAS em sete dias consecutivos apresentou pontuação 61 em escala de 0-105, representando angioedema recorrente (AR) moderado. No AE-QoL, com o objetivo de avaliar o impacto dos episódios de angioedema obteve pontuação 68 em escala de 17 a 85, com pior QV nas dimensões de funcionalidade e sentimentos/vergonha. Após sete meses da introdução da oxandrolona, o paciente obteve no SF-36V2 valores elevados para funcionamento físico, desempenho físico, dor corporal, saúde em geral, vitalidade e funcionamento social, valores intermediários para desempenho emocional e saúde mental, ao AAS de 7 dias consecutivos a pontuação foi de 28, representando AR leve e ao AE-QoL pontuação de 29.

Conclusões/Considerações finais

Considerações finais: A profilaxia demostrou conforme avaliação dos questionários, melhor QV, uma vez que estava comprometida previamente ao uso da medicação, principalmente no desempenho emocional, funcional, vitalidade, saúde mental e sentimentos/vergonha. A avaliação da QV é essencial para acompanhamento da terapêutica.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - Santa Catarina - Brasil

Autores

Mônica Borges Monte, Phelipe Santos Souza, Rafaela Silva Waltrick, Emanuella Simas Gregório, Manoela Mello Borges