15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Empiema como complicação de celulite periobitária: relato de caso

Introdução/Fundamentos

Empiema subdural é uma coleção de material purulento entre as membranas duramater e aracnoide. Pode ser uma complicação rara de sinusite, mastoidite, meningite, abscesso dentário, gripe ou várias outras infecções. Sua principal apresentação clinica é a tríade composta por febre, sinusite e déficit neurológico, mas pode incluir outros sintomas como alteração do estado mental, náuseas, vômitos e cefaleia, sendo esse um sintoma precoce em 90% dos pacientes.

Objetivos

Relatar um caso de empiema subdural como complicação de celulite periorbitária tratado clinicamente.

Caso

Paciente do sexo masculino, 20 anos, procurou Unidade de Pronto Atendimento com queixa de dor, edema e hiperemia peri-palpebral a direita com evolução de três dias, associada a cefaleia. Recebeu alta com o diagnóstico de celulite periorbitária. Doze dias após paciente foi admitido no Hospital Municipal de São José dos Pinhais devido a episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Na admissão estava confuso, hiperemia conjuntival, proptose e midríase a direita. Não apresentava sinais meníngeos. Foi submetido à exame de Ressonância Nuclear Magnética de crânio que demonstrou tromboflebite da porção anterior do seio sagital superior e da veia cortical frontal direita com infarto venoso associado e área de restrição a difusão, sugestivos de área de cerebrite ou edema citotóxico pelo infarto venoso. Tratado com ceftriaxona, metronidazol e vancomicina por 6 semanas. Teve melhora completa dos sintomas durante o tratamento. Recebeu alta assintomático.

Conclusões/Considerações finais

A celulite periorbitária pode evoluir para trombose de seio cavernoso e infecção intracraniana. No entanto, essas complicações podem ter sinais sutis, exigindo conhecimento e busca minuciosa da doença pelo médico. O empiema subdural possui alta mortalidade, estando entre 14 e 28% após a introdução dos antibióticos. Seu rápido reconhecimento e tratamento aumentam a sobrevida do paciente, reduzindo sua mortalidade para menos de 10%.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Bruno Bertoli Esmanhotto, Rafael Follador Haluch, Bruna Schuster Franco de Oliveira, Aline Pasqualli, Cristina Detoni Trentin