15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

IMUNOTERAPIA DE LINFÓCITOS AUTÓLOGOS ARMADOS COM RECEPTORES QUIMÉRICOS DE ANTÍGENOS ANTI-CD19 NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA REFRATÁRIA/RECIDIVANTE.

Fundamentação/Introdução

A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais prevalente em crianças; porém, quando presente em adultos, representa uma doença devastadora. Apesar dos resultados de tratamento com quimioterapia serem positivos no primeiro contato com a doença, quando a neoplasia se torna refratária/recidivante, as possibilidades de cura são praticamente nulas.

Objetivos

Revisar sistematicamente a eficácia anti-tumoral da imunoterapia que utiliza linfócitos T armados com Receptores Quiméricos de Antígenos (CARs) anti-CD19 no tratamento de pacientes com LLA Refratária/Recidivante, além de discutir as suas vantagens e desvantagens, segundo a literatura atual.

Delineamento e Métodos

O estudo consistiu em uma Revisão Sistemática a partir da análise de artigos publicados, no período de 2015 a 2019, nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e LILACS, assim como nos Journals BLOOD, NATURE, Journal of the American Medical Association (JAMA) e New England Journal of Medicine (NEJM). As buscas foram realizadas com os termos em inglês: “CD19-specific chimeric antigen receptor”, “relapsed/refractory acute lymphoblastic leukemia” e “treatment outcome”.

Resultados

Apenas 18 (19,15%) dos 94 artigos obtidos inicialmente cumpriam os critérios de inclusão e foram selecionados para a revisão (totalizando 637 participantes). Assim, foi observado nas respostas que 81,47% (95% CI, 80,19% – 82,75%) dos pacientes obtiveram Resposta Completa; 10,91% (95% CI, 10,23% – 11,59%) Não Responderam; a neoplasia recidivou em 28,18% ((95% CI 27,63% – 28,73%) dos casos; e 12,88% (95% CI, 12,12% – 13,63%) dos pacientes entraram em óbito. Os principais efeitos colaterais encontrados foram a Síndrome de Liberação de Citocinas (CRS) e Neurotoxicidade, presentes, respectivamente, em 71,11% (95% CI, 70,72% -71,50%) e 26,79% (95% CI, 26,39% – 27,19%) dos pacientes. A média do risco de viés dos artigos analisados foi considerada baixa.

Conclusões/Considerações finais

Apesar dos efeitos colaterais relacionados a CRS e a Neurotoxicidade, a imunoterapia dos CAR T-Cells anti-CD19 apresenta-se como uma terapia promissora e fortemente efetiva, capaz de produzir altas taxas de Remissão Completa no tratamento da LLA Refratária/Recidivante. Esse legado começa a se consolidar agora e abre novas perspectivas para que nos próximos anos seja possível usufruir de novos avanços e de dados cada vez mais animadores.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Pontifica universidade católica do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Gustavo De Souza Bueno, Felipe Antonio Torres Mazzo , João Vitor Correa Previdi , Nasthia Kreuz Baziulis da Silva , Ricardo Pasquini Neto , Túlio da Silva Vieira