Dados do Trabalho

Título

ANALISE DA PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE NA SÍNDROME DE DOWN

Fundamentação/Introdução

A síndrome de Down (SD) foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do individuo, isto significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais.
As discussões relacionadas às temáticas do sobrepeso e/ou obesidade se destacam por remeter a relação deste quadro a fatores que contribuem de forma direta ao aumento do risco em desenvolver doenças coronarianas como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, além de diabetes, doenças pulmonares, alguns tipos de câncer, problemas renais, doença da vesícula biliar, problemas nas articulações, músculos e alterações endócrinas. Tais fatos se evidenciam normalmente a partir da adolescência o que por sua vez pode contribuir para a diminuição da qualidade e da expectativa de vida dessas pessoas (PUESCHEL, 2007; MARTIN; MENDES; HESSEL, 2011).
Sendo assim, torna-se cada vez mais importante e necessário entender os efeitos do acúmulo excessivo de gordura corporal em pessoas com SD, em especial em estudos realizados com crianças e adolescentes.
A alta prevalência de obesidade, juntamente com o aumento da expectativa de vida para indivíduos com síndrome de Down nas últimas décadas, eleva a preocupação sobre o risco de doenças crônicas agravadas pela obesidade. Por isto, a prevenção da obesidade durante a infância deve ser uma importante meta da saúde nesta população

Objetivos

Trata-se de estudo corte-transversal, realizado durante o mês de Junho de 2017 com alunos matriculados na Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais (APAE) no município de Mirassol - SP. O termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi assinado pelos pais autorizando a participação dos sujeitos no estudo. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade dos Grandes lagos – UNILAGO nº 2.556.227 .

Delineamento e Métodos

Para coleta dos dados utilizamos uma ficha de dados elaborada pela pesquisadora, que constava as informações referentes à identificação, sexo, idade, prática ou não de atividade física, peso, estatura, tabela de Escore Z e tabela de Percentil e cálculo de Índice de massa corpórea (IMC) para adultos.

Resultados

Avaliou-se 15 pessoas no total, sendo 10 adultos, 3 (20,0%) do sexo feminino e 7 do sexo masculino (46,7%). E 5 crianças sendo 2 (13,3%) do sexo feminino e 3 (20,0%) do sexo masculino. Apresentados os dados na tabela 1 a seguir, divido entre adultos e crianças.
Estudos (Cronk et al., 1998; Eichstaedt & Lavay, 1992; Styles, Cole, Dennis, & Preece, 2002) têm demonstrado que a prevalência de sobrepeso e obesidade sofre incremento com o avanço da idade em pessoas com SD, tornando-se fundamental a prevenção da obesidade nessa população para diminuir os riscos de comorbidades.
Analisando os resultados através estudo corte-transversal, podemos verificar que no presente estudo, há um grande numero de indivíduos obesos (70 %), sendo que a escola mostrou ser local adequado para a detecção precoce do excesso de peso na criança com um custo praticável baixo, podendo assim auxiliar os órgãos de saúde pública na adoção de medidas preventivas, tratamento e monitoramento nutricional das crianças, com reflexos diretos sobre a prevalência das doenças crônicas e obesidade na idade adulta.
Os achados deste estudo reforçam a ideia de que o excesso de peso na população é um problema de saúde pública que se inicia precocemente na infância e tende a se perpetuar na idade adulta, influenciando de maneira direta e imediata a qualidade de vida destas populações.

Conclusões/Considerações finais

Comparando-se as medidas de peso e altura aferidas com as medidas estimadas, conclui-se que grau de obesidade desta população total entre adultos e crianças é 70% obesos, 30% sobrepeso e 20% normal, visando que é um índice altíssimo de obesos.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica