Datos del trabajo

Título

VIVENCIA DE PUERPERAS PARTICIPANTES DE UM GRUPO DE GESTANTES SOBRE AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO DE AMAMENTAÇAO

Introdução

O leite materno é o alimento mais adequado para promover o desenvolvimento e crescimento eficaz da criança. A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida da criança em livre demanda. Após esse período o aleitamento materno poderá ser complementado com outros tipos de alimentos até os dois anos de idade 1. Com inúmeras vantagens o leite materno é significantemente eficaz para redução da morbimortalidade infantil, pois é rico em vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras, sais minerais e água. Estimativas apontam que apenas 35% das crianças com até 6 meses de vida são amamentadas exclusivamente 2. Neste sentido, a educação em saúde à mulher no período gravídico-puerperal é uma importante estratégia para o aumento das taxas de aderência ao aleitamento materno. A orientação é fundamental para o empoderamento dessas mulheres diante das diversas situações que poderão ocorrer durante o pós-parto, principalmente no ato de amamentar.

Objetivos

Identificar como puérperas participantes de um grupo de gestantes e casais grávidos vivenciaram as dificuldades e formas de superação no processo de amamentar

Método

Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Participaram do estudo 42 mulheres no puerpério que estiveram presentes no reencontro de pais e bebes desdobramento do grupo de gestantes e casais grávidos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista individual semiestrutura no período de março a agosto de 2017. A análise foi guiada pela proposta operativa de Minayo. Recorte do macroprojeto aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer n. 2.051.643, CAAE 63797417.4.0000.0121.

Resultados

As mulheres participantes do estudo receberam orientações sobre amamentação durante uma tarde de atividade educativa no grupo de gestantes. Estas orientações foram realizadas de maneira dialógica, demonstrando posição da amamentação, pega correta da aréola, e esclarecendo dúvidas apontadas pelas mulheres e seus acompanhantes. O estudo apontou que as puérperas percebem o aleitamento materno como essencial para a manutenção da vida de seus filhos, por conhecerem seus benefícios e dessa forma buscam mantê-lo. Contudo, vivenciam dificuldades no processo de amamentar, as quais foram de natureza física, patológica, emocional ou até mesmo cultural/social. A dor durante a amamentação foi relatada pelas mulheres participantes do estudo. A mesma pode estar associada a diversas causas, como fissuras, ingurgitamento mamário, entre outros. Ela pode ser apontada como fator importante no que diz respeito ao desmame precoce, pois ao passar por essa sensação desagradável muitas vezes a frequência das mamadas é diminuída, o que pode influenciar até mesmo no reflexo da ejeção do leite, resultando em uma diminuição na ejeção láctea 3. O estudo encontrou outros fatores que limitaram a promoção do aleitamento materno. Dentre eles, os sentimentos como o medo de não conseguir amamentar, ansiedade relacionada à amamentação, vontade de desistir do AME pela dificuldade de mantê-lo, frustação por não conseguir manter o AME, estresse, cansaço físico com o manejo da amamentação, depressão pós-parto (DPP), babyblues e seguidos períodos de choro da puérpera. Muitos são os fatores estressores que podem surgir no puerpério que estão relacionados ao surgimento dos sentimentos de tristeza, desespero, frustração, entre outros. Neste estudo estes sentimentos também surgiram após a internação do RN na UTI-NEO, o diagnóstico de alergia a proteína do leite de vaca e hipogalactia. Ficou evidente que algumas limitações podem levar à outras complicações muito mais severas, por isso o apoio profissional capacitado foi essencial para a superação dessas limitações. A rede de apoio atuou como importante base as puérperas para início e progresso do aleitamento materno. Foi evidenciado que o profissional da saúde, parceiro ou outro familiar desempenharam papel significativo neste processo. O profissional de saúde tem papel fundamental no apoio e promoção do aleitamento materno. As intervenções dos profissionais diante das dificuldades no processo de amamentar auxiliaram as puérperas a manter o aleitamento materno, retirando dúvidas, minimizando medos e ansiedades geradas durante este processo. As ações educativas com enfoque na amamentação iniciadas no pré-natal e continuadas durante o puerpério contribuem para a promoção, proteção e apoio do aleitamento materno.

Considerações Finais

O grupo de gestantes e casais grávidos foi um dos contribuintes para a construção do conhecimento a respeito das vantagens da amamentação, o qual impulsionou as mães a buscarem apoio diante das dificuldades encontradas no manejo do aleitamento materno. As dificuldades apresentadas nesta pesquisa se não manejadas e apoiadas corretamente podem favorecer o desmame precoce. Neste sentido, os profissionais de saúde devem se capacitar visando oferecer um atendimento efetivo no processo de amamentar.

Referencias
1. Brasil. Ministério da saúde. Saúde da criança: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 186 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
2. UNICEF. Fundo das nações unidas para a infância. Semana do bebê. 2012. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/br_rpi129.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
3. Almeida, Roberta Patrízia et al. Intercorrências mamárias: Implicações para a manutenção do aleitamento materno. In: Congresso Internacional De Enfermagem, 1., 2017, Aracaju/se. p. 1 - 4. Disponível em: <https://eventos.set.edu.br/index.php/cie/article/view/5553/2279>. Acesso em: 09 maio 2018.

Palavras Chave

Aleitamento Materno. Grupo de gestantes. Educação em saúde

Area

Saúde da Mulher