Datos del trabajo


Título

GASTROSQUISE: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS

Introdução

A gastrosquise é a malformação congênita de parede abdominal anterior, frequente em recém-nascidos (RNs)1. Medidas de estabilização cardiorrespiratória, proteção do conteúdo herniado, e prevenção à hipovolemia e hipotermia, devem ser realizadas pelo enfermeiro, promovendo a adequada assistência de enfermagem e melhor prognóstico2. Vale ressaltar que a formação e a capacitação desses profissionais, constituem-se de objetos de discussão, pelo aumento na incidência de casos de gastrosquise na última década3.

Objetivos

Investigar o conhecimento dos enfermeiros acerca da gastrosquise.

Método

Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em uma maternidade na cidade de Manaus, Amazonas. Participaram do estudo 20 enfermeiros. A coleta de dados deu-se por meio entrevista semiestruturada contendo dados sobre: conhecimento do assunto e cuidados de enfermagem do nascimento até sua transferência para unidade neonatal. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin para o tratamento dos dados4

Resultados

As categorias que emergiram a partir das falas dos enfermeiros foram: I- O que é gastrosquise: os enfermeiros relacionaram tal condição como a “a exposição das vísceras abdominais”: É não sei se é esse o nome que se dá evisceração, exposição da parte intestinal do RN, é isso que eu entendo(Enf. 1). [...]É a exposição das vísceras(Enf. 3). [...]Quando chega um pedido de gastrosquise a gente já sabe que é um RN com as vísceras expostas né(Enf.13). A fala demonstra que eles conhecem os sinais que caracterizam a gastrosquise mas não sabem sua etiologia e fatores relacionados, o que denota um conhecimento superficial, ou nenhum: [...] Não, não sei o que é(Enf.20). [..]Não, no momento não sei informar(Enf.11). [...]gastrosquise é um método de reidratação oral né, por via nasogástrica né do bebê(Enf.17). Na Categoria II-Práticas de cuidado no nascimento e transferência, retratam os cuidados que os profissionais direcionam ao neonato:[...]Então logo no início, a gente umedecia a gaze e fechava o local com faixa abdominal. Ai depois de um tempo, você tinha que colocar um filme pra evitar que perda de calor, porque é uma área exposta, perda de liquido insensível que a gente chama[...] ai a gente começou a usar o filmito, tem que manter aquela área úmida então se usa isso somente. E curativo a gente troca conforme a necessidade porque tem que deixar úmido, pra não aderir o tecido exposto. Um acesso calibroso a gente deixa sempre pra ele, a gente providencia(Enf.10). Os participantes referiram a necessidade de proteger o local da evisceração e mantê-lo úmido, mas desconheciam as condutas e apoiavam suas justificativas em nunca terem recebido um recém-nascido com tal anomalia:[...]Isso ai acontece lá na reanimação, porque o pediatra recebe o bebê com a equipe e encaminha, a gente nunca fez esse procedimento aqui(Enf.14). [...]Não, como não tive tanta proximidade né com esse tipo de bebê(Enf.17). [...]Ainda não participei do cuidado, imediato, após a cesárea(Enf.13). [...]Não, porque eu não me deparei com nenhuma situação(Enf.3). [...]No caso principalmente a enfermeira da reanimação ela faz mais, ela auxilia o pediatra. No meu caso fico, é mais burocrático, fico resolvendo na base do telefone(Enf.4). Em relação aos cuidados que devem ser oferecidos ao neonato, de forma a prepara-lo para uma transferência, os participantes responderam: [...] de imediato ele sai da sala após o protocolo de rotina, em seguida ele já vem pra reanimação e daqui os médicos já entram em contato com o setor de cirurgias, para transferência(Enf. 6). Para realização da transferência, é necessário que o neonato tenha recebido os primeiros cuidados. A este respeito as falas demonstram preocupação com infecção do RN: [...]Eu acho que em questão de prioridade é em questão de infecção. [...] Ele está com as vísceras expostas é obvio que o maior risco é infecção.[...](Enf.3). [...]Eu acho que prever todos os meios, usar todos os EPI’s [...]. É fazer tudo estéril, é usar todos os materiais estéril, campo estéril(Enf.5). [...] É permanecer viável as vísceras em relação a gastrosquise né, além de todo cuidado do RN de modo geral(Enf.13). Categoria III - Busca de Atualizações Pelo Enfermeiros: esta categoria denota a ausência de busca de atualizações na área. [...] já ouvi falar, mas nunca li(Enf.1). [...]já ouvi falar, mas ainda não estudei(Enf.7). [...]não. Assim não, profundo não, não pesquisei assim(Enf.2). [...]não, cientifico não. Só cuidados mesmo, assistência né, que a gente sempre pesquisa, nada assim que seja cientificamente, não nada de estudo né. Foi da internet mesmo(Enf.16). As falas dos enfermeiros demonstram baixa busca de materiais e referências científicas acerca de gastrosquise, dentre os profissionais que afirmaram ter lido algum material, nota-se no discurso que a maioria procedeu essa leitura superficialmente.

Considerações Finais

O conhecimento superficial surge como um desafio para uma assistência de enfermagem adequado, sendo a educação permanente um instrumento capaz de promover capacitação e atualização necessárias, bem como instigar o pensamento crítico e a busca de uma visão mais ampla no cuidado. Para que seu papel na equipe seja valorizado, conhecimento teórico e prática devem estar associados em seus cuidados de Enfermagem. Através da análise dos depoimentos obtidos, foi possível constatar a relevância do tema pesquisado e visíveis necessidade de ampliação dos conhecimentos acerca da gastrosquise, com intuito de que os enfermeiros e a equipe possam estar preparados à oferecer a melhor assistência possível

Palavras Chave

Gastrosquise, Cuidados de Enfermagem, Neonatologia

Area

Saúde da Criança

Autores

Fabíola Silva dos Santos, Thais Helena Da Costa Correa, Camila Soares Teixeira, Fernanda Farias de Castro, Laiane Medeiros Ribeiro, Antonia Lirete Marinho Fama, Alessandra Pinheiro Vidal