Datos del trabajo


Título

CONCEPÇOES DO ENFERMEIRO FRENTE AO ATENDIMENTO A MULHERES VITIMAS DE VIOLENCIA

Introdução

Estudar a violência demanda prudência, uma vez que consiste de um tema abrangente e acima de tudo multifatorial. Devido à maior visibilidade de casos e crescente número de notificações de casos de violência há, também, um crescente interesse da comunidade científica pelo tema, e em especial pela violência contra a mulher que, na maioria dos casos, ocorre no âmbito doméstico e está envolta pela questão de gênero. O profissional enfermeiro, uma vez que está à frente do acolhimento e classificação de risco nas unidades de saúde é o profissional que recebe essa mulher e para isso deve estar preparado.

Objetivos

Investigar junto à enfermeiros de unidades de serviço de urgência e emergência as concepções a respeito do atendimento à mulher vítima de violência.

Método

Estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, baseado na pesquisa social em que foram realizadas as técnicas de observação de campo e entrevistas semiestruturadas com doze enfermeiros que atuavam no acolhimento e classificação de risco em unidades de pronto atendimento em município do interior de Goiás/Brasil. A coleta se deu de dezembro de 2014 a março de 2015. Após transcrição dos dados ocorreu a análise que se deu por meio do método de Interpretação de Sentidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário de Anápolis – UniEvangélica, com o parecer número 1361469/2016 e conduzido segundo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Resultados

Emergiram da análise dos dados duas categorias temáticas, na primeira “A mulher entre quatro paredes” os participantes descreveram os aspectos socioeconômicos e as formas de violência sofridas pela mulher que procura os serviços de saúde bem como o receio e/ou medo em dar seguimento ao caso e os fatores que levam à subordinação da mulher à situações de violência. Na segunda categoria “O enfermeiro de mãos atadas e o suporte para sua assistência” os participantes descrevem o atendimento à mulher vítima de violência e o sentimento de impotência em alguns casos por não conseguirem atender esses casos da forma que acham mais adequadas e relatam as próprias vivências de violência, seja em suas casas, seja no trabalho por colegas de trabalho e usuários dos serviços de saúde e consideram esse tipo de violência como corriqueiro e algo ao qual já se habituaram. A questão de gênero e diferença de poder esteve presente na fala dos participantes.

Considerações Finais

De modo geral, os participantes entendem a complexidade que envolve a situação da mulher vítima de violência, em especial a que sofre violência física, e oferece o atendimento ou os cuidados amparados em suas próprias experiências pessoais e profissionais de violência além de perceberem que há fragilidades em sua formação para tal atendimento. Consideramos que é necessário um olhar mais cuidadoso para o enfermeiro no sentido de suas experiências pessoais de violência e que é necessário um espaço de diálogo com equipe interdisciplinar em que o enfermeiro compartilhe suas experiências e possam aperfeiçoar a abordagem da mulher vítima de violência e sua família.

Palavras Chave

Violência; Enfermagem; Saúde da mulher.

Area

Violências e Saúde

Instituciones

Centro Universitário de Anápolis - Goiás - Brasil

Autores

Sheila Mara Pedrosa, Juliana Martins Rodrigues , Samara Alves Araújo