Datos del trabajo


Título

AS CONTRIBUIÇÕES DE DOROTHEA OREM PARA O AUTOCUIDADO DO PACIENTE COM ESTOMIA INTESTINAL: UMA REFLEXAO TEÓRICA

Introdução

As palavras ostomia, ostoma, estoma ou estomia são de origem grega. Elas significam boca, orifício ou abertura e são aplicadas para designar a exposição de qualquer víscera oca no corpo. Conforme o segmento exteriorizado, as ostomias recebem nomes diferenciados: no intestino grosso = cólon = colostomia, no intestino delgado = íleo= ileostomia.1 Assim, o estomizado passa a usar uma bolsa coletora aderida ao abdômen, a fim de proteger a pele. As estomias podem traçar um perfil de pacientes que estão em tratamento de doenças malignas, benignas, inflamatórias, traumáticas e congênitas do trato gastrintestinal. Para a sua confecção adequada, a programação do pré-operatório e a observação de detalhes técnicos são necessários, a fim de evitar complicações e melhor implementação do autocuidado. O orifício do estoma saudável é caracterizado pela cor rosa ou vermelho-vivo, úmido, de formatos nem sempre regulares e com pele periestoma íntegra e, dependendo da etiologia da doença, o cirurgião indica a realização de uma estomia temporária ou definitiva. As temporárias são realizadas para proteger uma junção, tendo em vista que seu fechamento será realizado em um curto espaço de tempo. As definitivas são realizadas quando não existe a possibilidade de restabelecer o trânsito intestinal, geralmente na situação de câncer. 1 A confecção de uma estomia resulta em mudanças na vida da pessoa, que serão evidenciadas em todos os níveis da sua vida. Onde pode-se citar as necessidade de realização do autocuidado para manutenção da qualidade de vida e rotina de atividade diárias deste paciente. No que tange ao autocuidado, refere-se que todos os seres humanos têm potencial para desenvolver suas habilidades intelectuais e práticas, além da motivação essencial para o autocuidado. Refere ainda que o autocuidado tem como propósito o desempenho ou prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde e seu bem estar.2 Cabe lembrar também que, quando esse estoma não recebe o cuidado adequado, podem ocorrer complicações relacionadas tanto ao orifício quanto à pele periestoma, como: dermatites, má adaptação de dispositivos de coleta de efluente colônico, hérnias, prolapsos ou retrações.3

Objetivos

Descrever as contribuições do Dorothea Orem para o autocuidado do paciente com estomia intestinal.

Desenvolvimento

Dorothea Orem refere que sua teria é composta por três fundamentos inter-relacionadas: a teoria do autocuidado, déficit de autocuidado e sistemas de enfermagem e tem como eixo principal o autocuidado centrado no indivíduo.4 O autocuidado é definido como o desempenho ou a pratica de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Corrobora ainda que, quando o autocuidado é efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo para o desenvolvimento humano. 4 O autocuidado é elucidado como a teoria que desenvolve a qualificação do paciente quanto as práticas que são implementadas para manutenção, qualidade de vida e bem-estar, com a finalidade de manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, favorecendo o desenvolvimento do indivíduo. Complementa-se ainda que, nesta primeira teoria, Orem elucida o conceito, as intervenções, as exigências terapêuticas e os requisitos para o autocuidado. 4Vale mencionar que é neste momento que se insere a relevância da associação do autocuidado como temática de eixo principal, associada ao paciente estomizado que precisa realizar enumeras intervenções, relacionada aos cuidados de higiene com o estoma e adaptações dos dispositivos coletores, visando melhor qualidade de vida deste usuário. Orem define os requisitos universais de autocuidado como: Manutenção de suficiente aporte de ar; Manutenção de uma ingesta suficiente de água e alimentos; Provisão de cuidados associados com o processo de eliminação e os excrementos; Manutenção do equilíbrio entre a atividade e o repouso; Manutenção do balanço entre está só e a interação social; Prevenção de riscos à vida humana, ao funcionamento e bem-estar como ser humano; Promoção do funcionamento e do desenvolvimento do ser humano dentro de grupos sociais de acordo com o potencial e as limitações conhecidas. 4 Estudos referem que a teoria do déficit de autocuidado é considerado o eixo principal da teoria geral de Orem e, com base nisso, dar-se início a inserção da enfermagem, mediante as necessidade de auxilio advindos do paciente. Diante, sempre que um adulto ou responsável encontra-se não apto ou limitado para a realização do autocuidado eficaz e continuado a assistência de enfermagem se faz.5 De acordo com a teoria de Orem, na teoria de sistemas de enfermagem são encontrados três tipos de sistema para preencher os requisitos de autocuidado do paciente onde cita-se: Totalmente Compensatório; Parcialmente Compensatório; Apoio-Educação.4 Na assistência de enfermagem ao paciente submetido a ostomia intestinal, a equipe de enfermagem poderá utilizar-se de todos os sistemas sem uma ordem específica a ser seguida. No período pré-operatório mediato e imediato, o enfermeiro poderá utilizar o sistema apoio-educação para garantir que o paciente obtenha os esclarecimentos necessários sobre o que é e qual a finalidade de uma colostomia. É importante salientar que, nesse momento, o paciente receba todas as orientações necessárias sobre o ato cirúrgico, incluindo alimentação e possível preparo intestinal.6

Considerações Finais

O processo de educação em saúde é de grande relevância para o autocuidado do paciente com estomia intestinal, tendo em vista que, o esclarecimento de dúvidas, poderá diminuir os medos e anseios advindos da patologia e do procedimento cirúrgico. Com base nisso, cabe mencionar a relevância da presença do enfermeiro como norteador do autocuidado. Nesse momento, o paciente está apto a realizar o autocuidado porém, necessita de orientações que diminuam a ansiedade e que facilitem o período pós-operatório. Conclui-se ainda que, as teoria de Orem contribui de forma pertinente para que o paciente obtenha sucesso na execução do autocuidado, já que o enfermeiro poderá norteado e identificar as limitações do paciente frente as suas necessidade, para manutenção da qualidade de vida e assim, todos os pacientes devem ser encorajados a cuidar de si próprios e tenham participação ativa no processo de cuidados.

Palavras Chave

Autocuidado; Enfermagem; Estomia

Area

Educação popular e saúde

Instituciones

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

WANDERSON ALVES RIBEIRO, MARILDA ANDRADE, BRUNA PORATH AZEVEDO FASSARELLA, PEDRO Paulo Corrêa SANTANA, DIANA Mary Araújo de Melo FLASH, Viviane Líns Araujo de Almeida , HOSANA PEREIRA CIRINO, JULIANO MIRANDA TEIXEIRA, PRISCILA Antunes Figueiredo da Silva COSTA, DENILDO de Freitas GOMES