Datos del trabajo


Título

CAPACITAÇAO DE TECNICOS DE ENFERMAGEM E ENFERMEIROS: DESENVOLVIMENTO DA PRATICA CLINICA EM HEMODIALISE

Introdução

A doença renal crônica (DRC), consiste em patologia de evolução progressiva e irreversível que afeta, desproporcionalmente, os idosos, com prevalência mundial de 10 a 13%, considerada um importante problema de saúde pública que vem aumentando em termos de incidência e prevalência. Quando a doença renal crônica chega ao estágio terminal, o indivíduo necessita submeter-se, dentre as modalidades de terapia renal substitutiva, a hemodiálise, que proporciona a depuração do sangue através de um filtro. A hemodiálise como uma das modalidades de tratamento, gera inúmeras alterações na rotina de vida do paciente, da família e da comunidade, com implicações físicas, psicológicas e socioeconômicas que impactam na capacidade funcional e qualidade de vida, principalmente em populações idosas. Esses transtornos tornam-se ainda mais impactantes quando o paciente se encontra hospitalizado em uma unidade de terapia intensiva adulta em decorrência de outras patologias agudizadas. Deste modo, os cuidados da equipe multiprofissional e principalmente das intervenções de enfermagem devem ser desenvolvidas com precisão e qualidade a fim de convergir na melhora de saúde e sobrevida do paciente. Neste contexto, os profissionais de enfermagem devem ter periodicamente capacitações nos quais possibilitem trocas de experiência e aperfeiçoamento da assistência.

Objetivos

O objetivo deste estudo é relatar a partir da vivência dos organizadores enfermeiros a prática de ensino – aprendizagem em hemodiálise.

Método

Trata-se de um relato de experiência a partir do desenvolvimento de oficinas elaboradas por quatro enfermeiros da unidade de terapia intensiva adulta de um hospital universitário da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil abragendo 100% dos técnicos de enfermagem do respectivo setor. Os treinamentos ocorreram no decorrer de 6 meses, para que todos os técnicos recebessem e participassem da proposta de capacitação. As oficinas dividiram-se em três etapas, sendo que a primeira delas foi disponibilizada no período de 30 dias em diferentes turnos (manhã, tarde e noite). Assim, os técnicos de enfermagem e enfermeiros poderiam se organizar durante o respectivo mês para participar de todas as etapas da oficina. Este primeiro ciclo da oficina, foi apresentado os aspectos conceituais sobre a doença renal aguda e crônica, etiologia, possíveis tratamentos e condutas, bem como sinais e sintomas da patologia, associados à realidade da Unidade. No segundo estágio, realizado no segundo mês de treinamento, os enfermeiros executaram de forma aprofundada a temática sobre a circulação extra corpórea durante o tratamento hemodialitico por meio do cateter de longa permanência semi – implantado, e acesso venoso definitivo. Após a explanação, foi realizado uma atividade prática onde os técnicos de enfermagem separavam o material necessário para uma possível passagem do cateter de longa permanência semi – implantado com possibilidade de iniciar o tratamento. Esta parte prática foi desenvolvida em pequenos grupos com o intuito de envolver todos os participantes. Na terceira fase, o técnico de enfermagem preparava e conhecia os comandos da máquina, ajustando parâmetros, conhecendo as linhas, o filtro, como se faz o preenchimento das linhas, as soluções ácidas e básicas. Em seguida instalava-se a hemodiálise e os enfermeiros explanavam sobre as possíveis intercorrências com a máquina e com o paciente e o que poderia ser feito de imediato. Por fim falava-se dos cuidados com o cateter de longa permanência semi – implantado e também com o acesso venoso definitivo, conforme protocolo operacional padrão da instituição.

Resultados

Dentre os resultados, pode-se destacar a participação ativa dos técnicos de enfermagem, que além de serem questionadores foram atores das oficinas práticas. Outro destaque é referente a troca de experiência entre os participantes, pois todos já atuam no tratamento hemodialitico, demonstrando soluções e estratégias dinamizadas, compreendendo a importância das dimensões econômica, social e cultural que permeiam a vida o hospitalizado, o cuidado interdisciplinar e seus familiares. Um dos pontos negativos foi a troca de equipamento durante o treinamento. O hospital adquiriu outro tipo máquina, uma mais avançada para nossas necessidades, portanto tivemos que reiniciar a terceira fase. A nova máquina apresentava comandos diferentes e modo de montagem diferente, então reunimos a equipe nas oficinas novamente e as treinamos.

Considerações Finais

Consideramos que a realização das oficinas foi importante tanto para os técnicos de enfermagem quanto para os enfermeiros e organizadores, bem como para o cuidado interdisciplinar demandado pelo paciente hospitalizado e em tratamento hemodialítico. Acredita-se que este o método de educação em saúde ainda precisa ser melhor estruturado para que contemple não apenas cuidados de enfermagem, mas outros profissionais da saúde que estão presentes na assistência ao paciente.

Palavras Chave

Terapia de Substituição Renal , enfermagem, educação em saúde

Area

Educação popular e saúde

Autores

Carla Chaves Pereira, Letice Dalla Lana