Datos del trabajo


Título

VULNERABILIDADE DE MULHERES NO CONTROLE DAS INFECÇOES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

Introdução

Introdução: A atenção à saúde da mulher envolve ações como assistência ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, climatério, planejamento familiar, no controle de câncer de colo de útero e de mama, e nas infecções sexualmente transmissíveis.1 A atuação do enfermeiro compreende as ações de prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis, são potentes para construir novas formas de fazer na prática cotidiana dos serviços.2 As doenças transmissíveis tem sido foco de ações para prevenção e controle dos agravos em saúde. As infecções sexualmente transmissíveis (IST) estão entre os problemas de saúde pública mais comum, algumas complicações destas elevam o risco de morbidade e mortalidade da população.3 A promoção da saúde contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde, visa promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde.

Objetivos

Analisar ações da mulher no controle das infecções sexualmente transmissíveis assistidas em uma unidade básica de saúde no município do Rio de Janeiro.

Método

Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa. Foi utilizada a Fenomenologia Sociológica de Alfred Schutz.5,6 O foco central foi o típico da ação de mulheres que apontam para a vulnerabilidades das mulheres no controle das infecções sexualmente transmissíveis.7 A coleta de dados foi através de entrevista semiestruturada. Os participantes da pesquisa foram pessoas do sexo feminino com vida sexual ativa e vivências na Atenção Primária8,9 e acessadas mediante a técnica de bola de neve.10 A organização e análise de dados ocorreram fundamentadas no referencial teórico e metodológico de Alfred Schutz e literatura correlata. Foram atendidos todos os requisitos, no que se refere à ética em pesquisa, das Resoluções 466/12 e 510/16, CAAE 76521317.2.0000.5285. 11,12

Resultados

Foram entrevistadas 10 mulheres, idade de 30 a 39 anos, escolaridade 06 de ensino médio completo, 03 de pós-graduação, 01 de ensino superior, 01 ensino médio incompleto. A ocupação relatada pelas mulheres foi de 03 de estudantes, 02 autônomos, 03 como agente comunitário de saúde, 01 do lar. A renda do domicílio foi de 02 e 10 salários mínimos. A religião relatada pelas mulheres foram: 04 Evangélica, 03 católica, 01 Candomblecista, 02 relata não ter religião. Quanto aos relacionamentos 08 relataram que se relacionam, 02 relatam não ter relacionamento. Quanto aos métodos utilizados 06 relatam uso de contraceptivo oral, e camisinha, 04 relata não utilizar nenhum método. Quanto o início da vida sexual foi de 14 anos a 20 anos de idade. As vulnerabilidades das mulheres para o controle das infecções sexualmente transmissíveis foram observadas a partir dos motivos “para” da busca da mulher nos serviços de atenção primária. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são motivos comuns de procura aos serviços de saúde. 13 Como motivos “para” foram: vacinação, realização de preventivo, assistência pré-natal e atendimento psicológico. As vulnerabilidades em saúde buscam compreender como indivíduos e grupos como se expõem a determinado agravo à saúde, sendo estas como vulnerabilidades individual, social e programática.14 Como motivos “por que” da espera dos profissionais na atenção primária foram: acolhimento, ser bem atendida, atenção. A política de atenção primária reforça as ações como acolhimento e de atenção integral a saúde, e da promoção da saúde. 15

Considerações Finais

Como ações da mulher no controle das infecções sexualmente transmissíveis foi como vacinação, realização de preventivo, assistência pré-natal e atendimento psicológico. A prevenção de doenças e agravos em saúde contemplam ações de proteção à saúde, porém a atenção integral a saúde evidencia um contexto mais amplo, visa contemplar as necessidades de saúde das mulheres, tendo em vista que as vulnerabilidades em saúde que requerem proteção e promoção da saúde. A promoção da saúde como foco das ações em saúde contempla as vulnerabilidades em saúde das mulheres e propor ações junto à mulher para a promoção de saúde, visando envolver aspectos quanto ao contexto de vida, social, e de saúde. Referências: 1 Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Brasília, DF: Editora do Ministério da Saúde; 2011. 2 Rodrigues LMC, Martiniano CS, Chaves AEP, Azevedo EB, Uchoa SAC. Abordagem às doenças sexualmente transmissíveis em unidades básicas de saúde da família. Cogitare Enferm 2011 Jan/Mar; 16(1): 63-9. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília, DF: Editora do Ministério da Saúde; 2015. 4 Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde 2010; 3 ed. 5 Schutz A. Sobre fenomenologia e relações sociais. In Wagner HTR, edição e organização. Petrópolis:Vozes; 2012. 6 Jesus MCP, Capalbo C, Merighi MAB, Oliveira DM, Tocantins FR, Rodrigues BMRD, Ciuffo LL. A fenomenologia social de Alfred Schütz e sua contribuição para a enfermagem. Rev Esc Enferm USP 2013 Fev; 47(3):736-41. 7 Oliveira MAC. (Re)significando os projetos cuidativos da Enfermagem à luz das necessidades em saúde da população. Rev Bras Enferm 2012 mai-jun; 65(3):401-5. 8 Brasil. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases da ação programática. Brasília, DF: Centro de Documentação do Ministério da Saúde;1984. 9 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília, DF: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa; 2016. 10 Vinuto J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas 2014 ago/dez; 22(44):203-220. 11 Brasil. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União 12 jun 2013; Seção 1. 12 Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Diário Oficial da União 98 mai 2016; Seção 1. 13 Prefeitura da Cidade do Rio De Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde – SMS. Guia de Referência Rápida Infecções Sexualmente Transmissíveis. Rio de Janeiro, RJ: Secretaria Municipal de Saúde – SMS; 2016. 14 Ayres JRCM. Organização das Ações de Atenção à Saúde: modelos e práticas. Saúde e Sociedade 2009 Jun;18 (supl 2):11-23. 15 Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica.

Palavras Chave

Saúde da Mulher; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Atenção Primária a Saúde; Promoção da Saúde

Area

Saúde da Mulher

Instituciones

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ISABELLA CRISTINA ALVES PEREIRA, BRUNA LOPES SALDANHA, VANESSA DE ALMEIDA FERREIRA CORRÊA, ADRIANA LEMOS, FLORENCE ROMIJN TOCANTINS