Datos del trabajo


Título

OS DESAFIOS DO CONVIVIO DE FAMILIARES COM ESTOMIZADOS INTESTINAIS

Introdução

O convívio do familiar com a pessoa estomizada intestinal influencia a dinâmica e a organização familiar, bem como nas atividades sociais, relacionamento interfamiliar e social, gerando repercussões para todos os envolvidos.

Objetivos

Analisar os desafios de familiares no convívio com a pessoa estomizada intestinal.

Método

Estudo exploratório qualitativo, cuja coleta ocorreu em dois encontros de grupo focal com familiares de estomizados intestinais de uma cidade paulista, com gravação em áudio e transcrição, em outubro e novembro de 2016, com as questões norteadoras iniciais: “Como tem sido sua experiência de convívio com seu familiar estomizado?; e “Você acha que o seu familiar mudou depois da cirurgia com a colostomia?”; além do diário de campo, das observações não participantes e participantes (CEP/EERP-USP Parecer nº 896.782). Os critérios de seleção dos participantes foram: familiares de estomizados intestinais, cadastrados no Programa de Ostomizados de uma cidade paulista onde o estudo foi desenvolvido; com estomia há pelo menos seis meses; ambos os sexos; e idade acima de 18 anos. Os dados extraídos do trabalho de campo, foram analisados e interpretados mediante as etapas da Análise Temática, com as etapas de Familiarização com os dados; Geração de códigos iniciais; Busca por temas; Análise dos temas; Definição final dos temas; e Produção do relatório do estudo, fundamentados pelo Modelo Social da Deficiência.

Resultados

Participaram cinco familiares, com diferentes vínculos familiares, coabitação e tempo de convívio com a pessoa estomizada entre 10 meses e 30 anos, sendo que os estomizados de seu convívio apresentavam diagnósticos como Doença de Crohn e Câncer colorretal, com complicações de estoma ou pele periestoma, que ao longo da sobrevivência tiveram necessidade do cuidado total pelos familiares, posteriormente tiveram o auxílio para o autocuidado e atualmente apresentavam capacidade plena para o autocuidado. Os sentidos atribuídos pelos familiares foram categorizados no Núcleo de sentido “Vivendo o adoecimento, as terapêuticas e o autocuidado da pessoa estomizada intestinal”, que geraram as unidades de sentidos “Lidando com o adoecimento e tratamento”; e “Lidando com a estomização intestinal e o autocuidado no cotidiano”. A análise deste Núcleo de sentido gerou o Tema: “Desafios do familiar no convívio com a pessoa estomizada intestinal”, cujas unidades temáticas estabelecidas foram: “A sobrecarga da responsabilização pelo cuidado e o preconceito da estomia intestinal”, que dimensionou a importância das informações fornecidas pelos profissionais da saúde, a centralidade da realização do autocuidado com a estomia intestinal e equipamento coletor em suas vidas após a alta hospitalar, as dificuldades de oferecimento de apoio e auxílio nos cuidados específicos e no gerenciamento cotidiano e social, em decorrência da deficiência física, que resultou em sofrimento emocional para os familiares, pois se sentiam despreparados e inseguros, ressaltando a importância da assistência hospitalar especializada e do programa de assistência pública ao estomizado, além da sinalização da necessidade de suporte psicológico para os estomizados e familiares; e “Nova dinâmica familiar para a reabilitação da pessoa estomizada intestinal”, no qual analisou-se as mudanças necessárias após a estomização, bem como a necessidade de inserção do familiar no planejamento da assistência durante o perioperatório e também no seguimento especializado, pois estes são fundamentais no oferecimento do apoio e estímulo ao autocuidado da pessoa estomizada. É importante que os profissionais abordem as estratégias para dividir as responsabilidades entre os membros familiares para diminuir a sobrecarga física e psicoemocional na realização dos cuidados domiciliários da pessoa estomizada, pois assim o familiar terá melhores condições para oferecer apoio a esta pessoa durante a fase de adaptação e estimular a realização do autocuidado com a estomia e equipamento coletor.

Considerações Finais

Há necessidade de inserção do familiar na assistência especializada para auxiliá-lo no gerenciamento e superação das situações cotidianas e das repercussões geradas pelas terapêuticas, favorecendo o alcance da reabilitação do estomizado e da própria família, com adoção de estratégias para lidar com o novo estilo de vida da pessoa estomizada e da família.

Palavras Chave

Estomia. Família. Pessoa. Assistência especializada.

Area

Doenças crônicas/condições crônicas

Autores

Vanessa Damiana Menis Sasaki, André Aparecido Silva Teles, Natália Michelato Silva, Sara Rodrigues Rosado, Tatiana Mara Silva Russo, Isabella Fernandes Brianez, Lorena Alves Pantoni, Helena Megumi Sonobe