Datos del trabajo


Título

EMERGENCIA OBSTETRICA: CONDUTAS NO DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA

Introdução

O Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) constitui uma importante complicação obstétrica e incide em 1% a 2% das gestações, especialmente entre 24 e 26 semanas. A causa primária do DPP é desconhecida, mas o distúrbio mais comumente associado é a hipertensão induzida pela gravidez ou crônica o qual está relacionado a 20-30% dos casos de descolamento (1, 2).

Objetivos

Conhecer as condutas de assistência à gestante de alto risco com diagnóstico de DPP a luz da literatura.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa qualitativa da literatura que teve como fonte as bases de dados da Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem (BDENF), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e PUBMED/Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE). Definiu-se como Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): descolamento prematuro de placenta, gravidez, mortalidade materna, hemorragia. Foram incluídos artigos científicos completos, com ano de publicação entre 2012-2017, em idioma português e inglês. As buscas foram realizadas em Abril de 2017, totalizando 11 artigos.

Resultados

Para análise e síntese dos 11 artigos selecionados foi construída uma tabela sinóptica com: nome do periódico, método de pesquisa, título do artigo, autores, ano de publicação e condutas no DPP. Os estudos (3, 4, 5) abordaram a comparação do perfil das causas de risco maternos com o prognóstico materno e os desfechos obstétricos e perinatais relacionados ao diagnóstico de DPP em pacientes que realizaram o parto em unidades hospitalares. Os achados (6 ,7 ,8 ,9) dissertaram acerca da gravidade, das causas do DPP e do grande número de morbimortalidade materna e fetal. Identificaram que as hemorragias e as doenças hipertensivas da gestação são prejudiciais no avanço da gravidez (10, 11). Portanto, é de extrema importância à reflexão sobre a necessidade de uma equipe de saúde preparada para enfrentar quaisquer fatores que possam afetar adversamente o curso de uma gravidez (12). A morte provocada por hemorragia é preocupante. Medidas efetivas no período de pós-parto imediato, diagnóstico prematuro e melhor assistência prestada aos clientes com descolamento prematuro de placenta podem reduzir as causas e consequências desse tipo mortalidade nos serviços hospitalares (13). Acentua-se que o tratamento inclui a propedêutica clínica e obstétrica, é fundamental o controle do estado volêmico, através de transfusões de concentrado de glóbulos, ricos em fatores de coagulação, e de acompanhamento com hematologista. O tratamento obstétrico é determinado conforme a vitalidade e a possibilidade da mãe/filho obterem a melhor resposta. Em relação à via de parto, as pesquisas não apresentam uma concordância, porém a cesariana é o mecanismo mais realizado nesses casos (10, 7, 8, 14). Devem-se adotar os cuidados de monitoração materna do ponto de vista hemodinâmico, do estado de coagulação e constante monitoração (4).

Considerações Finais

As condutas para o DPP abordam como aspectos fundamentais: a hospitalização, monitoração dos dados vitais, reposição volêmica, correção da coagulopatia o parto deve ser feito da forma mais rápida possível.
Nesse sentido, o crescimento do acesso aos serviços de saúde e o empenho efetivo dos profissionais de saúde na assistência à mulher é fundamental no caso de DPP.

REFERÊNCIAS

1. Corrêa MD, Melo VH, Aguiar R. Noções práticas de obstetrícia. 13ª. ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2004.

2. Rezende J, Montenegro CAB. Obstetrícia Fundamental. 12ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

3. Nunes DR, Bertuol E, Siqueira RI. Avaliação dos fatores associados aos resultados neonatais no descolamento prematuro de placenta. Arquivos Catarinenses de Medicina. v.45 n.4 p 11-27, 2016.

4 Cardoso AS, Fernandes AV, Teixeira DC et al. Descolamento prematuro de placenta. Rev Med Minas Gerais 2012; 22 (Supl 5): S10-S1 9 [acesso em: 08/04/2018. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000300008>.

5. Dias MAB, Domingues RMSM, Schilithz AOC. Incidência do near miss materno no parto e pós-parto hospitalar: dados da pesquisa nascer no Brasil. Cad. Saúde pública, vol. 30, supl.1, Rio de Janeiro, 2014.

6. Rocha BD, Menezes FL, Zamberlan C, Gomes IEM, Bordignon JS. Produção científica acerca do descolamento prematuro da placenta. J Nurs Health. 2017;7(2):188-98.

7. Ananth CV, Lavery JA, Vintzileos AM et al. Severe placental abruption: clinical definition and associations with maternal complications. Am J Obstet Gynecol. 2016 Fev; 214(2):272.e1-272. Pubmed PMID: 26393335. [acesso em 16 de mai de 2017]. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26393335>.

8. Armstrong WJ, Post MD, Donnelly M, Manco-Johnson MJ, Fisher BM, Winn VD. Patterns of placental pathology in preterm premature rupture of membranes. J Dev Orig Health Dis. 2013 Jun; 4(3):249-55. Pubmed PMID: 23828732 [acesso em 20 de mai. De 2017]. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23828732>.

9. Tchirikov M, Zhumadilov Z, Winarno A S, Haase R, Buchmann, J. Treatment of preterm premature rupture of membranes with oligo-/anhydramnion colonized by multiresistant bacteria with continuous amnioinfusion and antibiotic administrations through a subcutaneously implanted intrauterine port system: a case report. Fetal Diagn Ther. 2017; 42: 71-76. Pubmed PMID: 26447923 [acesso em: 18 de fev. de 2018]. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26447923>.

10. Corrêa Júnior, Dias M, Patrício EC, Félix LR. Intervenções obstétricas no parto pré-termo: revisão da literatura e atualização terapêutica. Rev. méd. Minas Gerais; 23(3)jul.-set. 2013

11. Martins, H E L; Souza, M L; Arzuaga-Salazar, M A. Mortalidade materna por hemorragia no Estado de Santa Catarina, Brasil. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 47, n. 5, p.1025-1030, Out. 2013

12. Passos, E.C.S. et al. Perfil da morte materna no município de Caxias - MA. Revista Ciência & Saberes-Facema, v.2 n. 1, p161-165. 2016 [acesso em: 16 de abr. de 2017]. Disponível em: < http://www.facema.edu.br/ojs/index.php/ReOnFacema/article/view/69>.

13. Souza, M L; Laurenti, R; Knobel, R; Monticelli, M; Brüggemann, O M; Drake, E. Mortalidade materna por hemorragia no Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Maio-jun. 2013.

14. Kovo M ,Schreiber L, Ben-haroush A, Asalee L, Seadia S, Golan A, Bar J. The placental factor in spontaneous preterm labor with and without premature rupture of membranes. J Perinat Med. 2011 Jul;39(4):423-9.

Palavras Chave

Descolamento prematuro de placenta; Gravidez; Hemorragia; Mortalidade materna.

Area

Saúde da Mulher

Instituciones

Universidade Estadual de Montes Claros - Minas Gerais - Brasil

Autores

Clara de Cássia Versiani, Amanda Caroline Rodrigues de Oliveira, Girlete Silva de Souza, Silvânia Pires de Oliveira