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Título

TROTE SOLIDARIO – SOU SANGUE BOM”: USO DO ESPAÇO UNIVERSITARIO COMO CAMPO PARA CAPTAÇAO DE DOADORES DE SANGUE

Introdução

O tema deste relato é o uso do espaço universitário como campo para a captação de doadores de sangue, tendo como objeto de ação, atividades solidárias idealizadas e coordenadas por acadêmicos de enfermagem, tendo como situação problema os números reduzidos de doadores associados a diversos fatores, entre eles: A inadequação da proporção entre o número de doadores e a necessidade de sangue da população, a falta de informação sobre a importância e a necessidade de se doar; a falta de motivação; alguns mitos que envolvem o processo de doação de sangue; a ausência de cultura de doação regular; e a falta de conhecimento sobre o processo de doação por parte da população. Estes fatos são fontes de preocupações para os profissionais da área da saúde, familiares e pacientes que contam com doadores voluntários. A doação de sangue deve ser voluntária, não gratificada e altruísta, de acordo com a Portaria 2.712, 12 de Novembro de 2013. De acordo com o Ministério da Saúde somente 1,9% da população brasileira é doadora, se faz necessário aumentar o número de doadores de sangue, conscientizar estes doadores para a necessidade de doarem regularmente e a importância desta prática, pois através de cada bolsa doada existe à possibilidade de salvar até quatro (4) vidas. É imprescindível conduzir os doadores para efetivarem e/ ou se tornarem doadores de repetição explicando-os aonde se enquadram utilizando métodos educativos, gerando então repercussões e conscientização sobre o processo de doação. No cenário da Promoção da Doação de Sangue, parte-se da concepção de educação e saúde como um processo relacional construído entre sujeitos, através do qual a troca de saberes diferenciado pode contribuir para a aquisição de conteúdos na consciência e a transformação da conduta. É fundamental proporcionar a discussão crítico – reflexiva e a participação dos jovens na construção de uma política pública de saúde direcionada à qualidade do sangue e à segurança transfusional. Logo, uma das maneiras possíveis é utilizar novos cenários como espaço para captação de doadores e estimulo a doação regular, tais como o espaço da Universidade.

Objetivos

- Descrever as estratégias de captação de doadores de sangue de um evento realizado por acadêmicos de enfermagem em prol do hemocentro Estadual do Rio de Janeiro; – Analisar a diferença entre voluntários cadastrados e bolsas coletadas nos dois anos de realização do evento.

Método

Relato de experiência da organização e realização do evento: “Trote Solidário – sou sangue bom”, realizada numa Universidade privada da baixada fluminense, voltada para a captação de doadores de sangue para o hemocentro Estadual do Rio de Janeiro. A atividade, iniciada no primeiro semestre de 2016 foi idealizada e coordenada por dois acadêmicos de enfermagem do 8º período do curso de graduação de enfermagem, permaneceu nos semestres de 2016.2, 2017.1 e 2017.2, contando com a colaboração de monitores dos períodos iniciais, que passavam por captação previa.

Resultados

A comunidade acadêmica foi sensibilizada pelos estudantes de enfermagem que, além de faixas e banners, foram em todas as salas conscientizar sobre a importância da doação de sangue. Eles também atuaram realizando procedimentos específicos da profissão no processo de cadastro de doadores, como a coleta e interpretação da hemoglobina e pré- triagem de possíveis doadores. No ano de 2016, aconteceram 261 cadastros e 188 bolsas coletadas, fazendo com que A comunidade acadêmica, incluindo os gestores do campus, aderisse à proposta, permitindo que o evento no ano de 2017 tivesse seus números de dias ampliados, refletindo em aumento visível de possíveis doadores, obtendo 700 cadastros e 520 bolsas coletadas, Totalizando durante os dois anos de edições do Trote Solidário um total de 961 cadastrados de doadores e 708 bolsas de sangue doadas, o que nos motiva a seguir com este projeto.

Considerações Finais

A experiência do Trote Solidário além de contribuir para salvar inúmeras vidas, fortaleceu a articulação entre ensino, serviço e comunidade, além de garantir o protagonismo dos acadêmicos de enfermagem, enriquecendo a formação profissional dos mesmos, pois a prática de captação envolve todo o processo de empatia, onde o profissional e acadêmico se coloca no lugar do outro com intuito de ajudar sem esperar nada em troca. Entende-se que neste processo existe uma compreensão para que se alcancem os objetivos propostos e consequentemente a oportunidade de promover saúde e/ou um prolongamento de vida para as pessoas que são acometidas por patologias que necessitem a reposição de sangue. A partir do projeto realizado chegou-se a conclusão que seguir uma tendência pedagógica libertadora é uma via de mão dupla, onde se confere um fluxo que todos se educam e são educados. Possuir uma comunicação eficaz se faz totalmente necessário, pois minimiza os possíveis lapsos que possam vir a desestimular algumas pessoas a se tornarem doadores chegando a um denominador que levará a cultura da doação de sangue totalmente altruísta sem medo ou receio na hora da coleta. A tarefa de trazer a compreensão dos possíveis doadores de sangue na realidade brasileira não é algo fácil, simples, estático. Requer técnicas que venham proporcionar conhecimento, entendimento dos aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos que envolvem e influenciam a doação espontânea de sangue e como esta poderá ser concebida como uma questão de participação, compromisso e responsabilidade. Por fim, através de todos esses processos, tornar esse hábito da doação parte dos costumes, da agenda diária de vida dos brasileiros e fazer com que seja transmitido de geração em geração é uma missão constante, para que possamos ascender no quesito de doadores por repetição.

Palavras Chave

captação de doadores de sangue; Doadores de sangue; Banco de sangue

Area

Outros

Autores

Wanderson Patrick da Conceição Nogueira, Luciana Ribeiro Quagliane, Fátima Cristina Alves de Araújo, Rodrigo de morais torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga, Sandra Conceição Ribeiro Chícharo, Felipe Fonte da Silva Rodrigues