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Título

Saúde sexual e reprodutiva de lésbicas na Atenção Básica à Saúde: uma reflexão teórica

Introdução

Os direitos sexuais e reprodutivos são de extrema importância para a saúde das usuárias, tendo a Atenção Básica em Saúde (ABS) como uma matriz de referência. Destaca-se que esses direitos fazem parte dos direitos humanos e no que se refere às mulheres, indica que elas podem exercer a sua sexualidade sem repressão e violência. Porém, essa temática ainda é pouco debatida nos serviços de saúde, por isso é importante a abordagem desse tema para a promoção da saúde, visto que falar de sexualidade carrega preconceitos e tabus, fazendo com que muitos profissionais sintam-se desconfortáveis e não se percebam capacitados para promover a diversidade nos seus serviços. Em relação a essa temática, citam-se a saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas, que deve ser abordado por meio de discussões políticas e participação social com incentivo à produção de conhecimento.

Objetivos

Diante desse contexto, o objetivo do presente trabalho é refletir sobre saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas na Atenção Básica à Saúde.

Desenvolvimento

A atenção básica em saúde tem como característica promover ações de saúde por meio da individualidade e da coletividade, buscando a promoção da qualidade de vida por meio de ações que visem a prevenção de agravos. Deve ser aplicada por meio de ações conjunta com a gestão democrática e participativa em territórios específicos. Destaca-se que a atenção básica não é sinônimo de baixa complexidade, pois necessitam de uma olhar mais atento aos indivíduos e suas singularidades de acordo com o contexto social que os mesmos estão envolvidos. Sendo que “a atenção básica se utiliza de tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade tecnológica, as quais devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território”. Analogamente as equipes que operacionalizam os serviços nesse setor possuem relevância em seu campo de atuação para a promoção da saúde tanto para o cuidado individual, quanto para o cuidado coletivo dentro da comunidade ou das famílias pertencentes a ela. Dentre as áreas de prioridade da atenção básica, está a atenção em saúde sexual e reprodutiva, que deve ser oferecida a população com ética e humanização, visando o respeito a esses direitos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde sexual remete a um “estado físico, emocional, mental e social de bem-estar em relação à sexualidade; não é meramente ausência de doenças, disfunções ou debilidades”. Já os direitos reprodutivos são direitos humanos, no qual a pessoa tem o direito de decidir por ter ou não filhos, e de obter acesso aos meios e tecnologias reprodutivas, sem discriminação ou preconceito. Em relação aos direitos sexuais, destaca-se o direito de exercer a sexualidade sem violência e constrangimento, bem como o direito de expressar a orientação sexual, além do direito à informação e acesso sobre métodos de prevenção de inúmeras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), sendo assistido nos serviços de saúde com qualidade, visando a privacidade, o sigilo e um atendimento sem preconceito. Dentre os profissionais que executam as políticas que envolvem os direitos sexuais e reprodutivos estão os (as) enfermeiros (as). A consulta desses profissionais nos programas que envolvem saúde das mulheres e seus direitos sexuais e reprodutivos é primordial para que eles conheçam algumas especificidades da população, como por exemplo, o possível desejo de mulheres lésbicas de engravidar. Nesse caso, o (a) enfermeiro (a) deve proceder com os encaminhamentos para a reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fecundação in vitro. Nesse potencial, os protocolos e diretrizes são importantes para a aplicabilidade de ações de saúde, mas para que haja mudança, as ações educativas voltadas para a formação profissional tem que ser constantes. Com isso é necessário a capacitação dos profissionais que realizam a coleta do Preventivo Câncer Colo do Útero (PCCU), ou seja, trabalhar com formação continuada das equipes visando uma melhor prestação de cuidados. Destaca-se que relação entre profissional e usuário é benéfica quando a mesma é feita com humanização e empatia, podendo proporcionar vinculo de confiança, serenidade e corresponsabilidade, sendo estes atributos um avanço fundamental no que diz respeito à saúde. Porque um cuidado que vise o respeito é essencial, até mesmo, para a valorização da enfermagem, pois a mulher quando for acolhida de forma humanizada, passa a lembrar desses profissionais como um apoio para a melhoria da sua qualidade de vida e, consequentemente, as aproxima dos serviços de saúde.

Considerações Finais

Portanto, conclui-se que a atenção básica é de suma importância para a atenção em saúde sexual e reprodutiva, devendo ser promovida por meio de humanização e ética na assistência, tendo o (a) enfermeiro (a) como um dos protagonistas desse processo, pois são os (as) profissionais que ficam por mais tempo dentro dos serviços de saúde, e por meio da consulta de enfermagem podem auxiliar ou orientar as lésbicas no que se refere a saúde e seus direitos, desde que recebam capacitação para promover essa assistência.

Palavras Chave

Saúde sexual e reprodutiva, lésbicas, atenção básica

Area

Gênero, Sexualidade e Saúde

Autores

GESIANY MIRANDA FARIAS, VERA LÚCIA DE AZEVEDO LIMA, MARIA LÚCIA CHAVES LIMA, VALQUÍRIA RODRIGUES GOMES, LUANNA TOMAZ DE SOUZA, ANDREY FERREIRA DA SILVA, YARA DE SOUZA GUEDES, VICTOR ASSIS PEREIRA PAIXÃO