Datos del trabajo


Título

PROJETO BEM ESTAR: SAÚDE MENTAL NA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA

Introdução

A atual Política de Saúde Mental l vem em decorrência da mobilização de atores da Saúde iniciada nas décadas de 1980 com o objetivo de transformação da realidade dos manicômios. As atuações devem promover novas possibilidades de qualificar e modificar a condições e modos de vida dos sujeitos, não se restringindo a cura da doença e sim numa melhor qualidade de vida e saúde. As mobilizações do final da década de 1980, pontua a necessidade de novas legislações e redirecionamento das práticas de Saúde Mental, combatendo a “psiquiatrização” do social e principalmente, priorizando investimentos nos serviços extra hospitalares (BRASIL, 1987). A IV Conferência Nacional de Saúde Mental realizada no ano de 2010, teve como tema a discussão da necessidade de ações intersetoriais efetivando o atendimento da Política de Saúde Mental em conjunto com políticas sociais e sociedade civil: trabalhadores, usuários e familiares (Conferência Nacional de Saúde, 2010).

Objetivos

Seu objetivo é desenvolver a atenção integral que influencia na saúde e na autonomia dos usuários dos serviços, através de práticas de cuidado preventivo.Apoderando-se da corrente crítica dialética, por meio da qual ficaram visíveis as relações de transformação da realidade, corrente que nos possibilita analisar os dados de maneira crítica, não culpabilizando os atores em questão, e sim realizando uma análise construtiva com os dados coletados, verificando a dinâmica existente nas relações sociais. A partir deste viés, as ações em saúde, vem se transformando, e neste cenário tem-se a inclusão das ações de Saúde Mental na Atenção Básica enquanto uma condição necessária, porém insuficiente se não for acompanhada da efetiva implantação de uma rede de cuidado contínuo e integral.

Desenvolvimento

O Projeto Bem Estar se dá, em encontros semanas de roda de conversa, onde os pacientes e familiares, tem acesso a profissionais das áreas de fisioterapia, nutrição, serviço social. Especialistas que não fazem parte do quadro permanente da equipe ESF. Ressalta-se que o projeto propõe espaços de sociabilidade e inclusão do usuário da Saúde Mental e uma constante interlocução com atores, além da busca da construção do crescimento humano e pela capacidade de emancipação o sujeito. O projeto busca a construção contínua dos indivíduos. As atividades desenvolvidas pela equipe, tem como estratégia no trabalho educação em saúde: com informações interativas no coletivo e individual, como por exemplo conversas informais, abordagens, entre outros instrumentais, focando no cuidado e a promoção a saúde dos usuários, a integração da comunidade com o serviço de saúde e acesso aos serviços socioassitenciais.

Sobre os resultados obtidos, a partir da avalição contínua do projeto, aplicado com 49 pacientes, destacam-se que os sujeitos que participam do projeto em sua grande maioria (28) indicariam às pessoas a participação nos grupos, pois há uma melhora na qualidade de vida, socialização do conhecimento, troca de informação da doença e tratamento, facilidade ao acesso a profissionais e prescrições medicas, atendimento dos profissionais e amizades criadas no decorrer do grupo. Quando questionados sobre temas que gostariam que fossem abordados durante os encontros, os sujeitos sugerem que os profissionais abordem sobre doenças, como fibromialgia, quatro: alimentação saudável; uso de medicação; atividade físicas; qualidade de vida acima dos 60 anos. Alguns ainda consideram que não há necessidade de modificação no grupo.

Considerações Finais

Na perspectiva de proporciona momentos de integração, reflexão e até mesmo diferentes alternativas o projeto tem o intuito de garantir um atendimento de qualidade, a desconstrução da cultura de saúde curativa para saúde preventiva e corroborando assim para um espaço de produção de novas práticas em lidar com usuário da Saúde Mental, rompendo com o cotidiano e práticas tradicionais, senso comum, ao partilhar suas experiências e pratica de vivencia, evita a simples apreensão das manifestações mais aparentes da realidade e por meio da mediação constrói o concreto pelo pensamento. A inclusão das ações de Saúde Mental na Atenção Básica é uma condição necessária, porém insuficiente se não for acompanhada da efetiva implantação de uma rede de cuidado e o processo de educação permanente para os profissionais envolvidos em direção à construção de espaços de sociabilidade e inclusão do usuário da Saúde Mental e uma constante interlocução com atores avançando na transformação do cenário com a assistência.

Palavras Chave

Saúde Mental, Unidade Saúde da Família, Multiprofissional

Area

Organização da Atenção em Saúde

Autores

Jacqueline Simone Barbosa, Sherry Cristina Carvalho, Lislei Teresinha Preuss