Datos del trabajo


Título

EQUIPE DE ENFERMAGEM COMO EDUCADORA EM SAUDE PARA PESSOAS COM DIABETES

Introdução

Estima-se que a população mundial com diabetes seja em torno de 382 milhões de pessoas. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, no Brasil a ocorrência do Diabetes Melitus na população com idades compreendidas entre 20 e 79 anos é de 8,7%, o que representa 11,6 milhões de casos, posicionando o país em quarto lugar no mundo em número de diabéticos. As pessoas com Diabetes carecem de acompanhamento contínuo e integral, obtendo apoio profissional qualificado de modo individualizado. Com o intuito de atender as expectativas em relação ao tratamento, controle da doença e uma qualidade de vida digna aos portadores de diabetes, é imprescindíveis que os enfermeiros conheçam a doença de tal forma que se tornem não apenas agentes de saúde, mas orientadores e educadores no processo de cuidar. Dentre as responsabilidades dos enfermeiros está o desenvolvimento de estratégias como atividades educativas que convençam o paciente a aderir ao tratamento, a mudar seu estilo de vida, sensibilizá-lo acerca da sua patologia e a melhoria do autocuidado com sua saúde. Entendendo a Educação em Saúde como uma combinação de experiências de aprendizagem planejadas para o auxílio de indivíduos e comunidades com o propósito de melhoria da saúde fica visível sua adoção de forma relevante na atuação frente ao diabético. É por meio da Educação em Saúde que o profissional torna-se instrumentalizado para aumentar o conhecimento do paciente e, também, ser um agente possuidor de habilidades que influenciem as atitudes perante a tal patologia. Por conseguinte, o enfermeiro que atende pacientes com Diabetes Melitus, necessita constantemente refletir sobre as ações educativas a fim de incentivar o autocuidado, procurando desenvolver habilidades, admitir suas dificuldades e limitações, permitindo melhorar a prática educativa para o autocuidado do paciente. A Educação em Saúde se mostra como uma ferramenta que visa o atendimento integral ao indivíduo, já que por meio dela, se gera oportunidades para a reflexão das práticas em saúde e constitui um dos pilares da promoção da saúde

Objetivos

Compreender como as pessoas com diabetes melittus percebem o enfermeiro no processo de educação em saúde no Centro Integrado do Diabetes.

Método

Pesquisa qualitativa, do tipo exploratório descritiva, realizada com 25 pacientes do Centro Integrado de Diabetes (CID) de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Os critérios de inclusão dos participantes eram ter entre 30 e 76 anos, terem recebido o diagnóstico de Diabetes Melitus do tipo 1 e 2 há mais de um ano e realizarem consultas de enfermagem no Centro Integrado do Diabetes. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi estruturadas. A análise dos dados se deu a partir da Análise Temática, através de três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação. O estudo respeitou a resolução 466/12 e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (parecer nº19/2017).

Resultados

Os diferentes elementos encontrados na análise dos dados foram agrupados em três categorias: “Orientações de enfermagem ao paciente portador de diabetes”, “Compreensão dos usuários frente as orientações de enfermagem” e “Materiais de apoio utilizados pelos enfermeiros”. A Primeira categoria: “Orientações de enfermagem ao paciente diabético” aponta que os enfermeiros instruem os pacientes em relação a condição que eles apresentam, como por exemplo, informando-os sobre a maneira adequada de alimentação, hábitos de saúde, além de sanar dúvidas sobre a insulina e outros medicamentos e ensinar sobre o autocuidado corporal. Nesse contexto, o enfermeiro é fundamental no processo de estimulação da autonomia do paciente, pois através de uma relação dialógica reflexiva o insere no seu próprio cuidado. A segunda categoria: “Compreensão dos usuários frente às orientações de enfermagem” demonstra que as orientações de enfermagem estão sendo efetivas e que o processo de comunicação se da de maneira eficaz, uma vez que os enfermeiros explicam de forma clara e, caso necessário, buscam novas práticas educacionais para potencializar o aprendizado e sanar dúvidas recorrentes. E a terceira categoria: “Materiais de apoio utilizados pelos enfermeiros” evidencia a tentativa dos enfermeiros em buscar novos meios para instruir o paciente sobre diversos temas relacionados ao Diabetes. O esforço de pesquisar diferentes formas de transmitir uma informação permite o acesso a conhecimentos essenciais para o manejo diário do Diabetes Melitus não só aos portadores dessa síndrome metabólica, mas também aos seus familiares. Em suma, a assistência de enfermagem conduzida pela Educação em Saúde, visa o aumento da qualidade do cuidado, se institui como um método promissor de enfrentamento para executar as transformações necessárias a fim de solucionar os problemas de saúde.

Considerações Finais

Verificou-se que o enfermeiro atuante no Centro Integrado de Diabetes exerce papel fundamental como educador, apresentando uma assistência pautada, de algum modo, na Educação em Saúde desde a orientação quanto à medicação a ser administrada até à prescrição de cuidados, sendo assim, é parte essencial no processo de cuidado do paciente com Diabetes. Igualmente, apurou-se que os pacientes reconhecem as estratégias usadas pelos enfermeiros a favor deles, fazendo com que os profissionais sejam acreditados e reconhecidos pelo seu trabalho.

Palavras Chave

Enfermagem. Educação em Saúde. Diabetes Mellitus.

Area

Doenças crônicas/condições crônicas

Autores

Prisciane Cardoso Silva, Aline Campelo Pintanel, Thiago Lopes Silva, Jamila Geri Tomaschewisk Barlem, Manoela Cunha Nicoletti, Catharine Silva de Souza