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Título

REDES COLABORATIVAS - A CRIAÇAO E EXPANSAO DO TELESSAUDE E SUA RELAÇAO COM O INVESTIMENTO PUBLICO EM CIENCIA E TECNOLOGIA.

Introdução

Levando em consideração a velocidade e agilidade com que a informação é disponibilizada para as pessoas via internet desde o final do século XX, é necessário, cada vez mais rápido rever as perspectivas temporais e espaciais, criar e potencializar novas formas de relacionar-se na sociedade. Um fenômeno que emerge, sobretudo, e de forma muito intensa na economia, são as redes colaborativas. Se pelo lado econômico fala-se em Economia Compartilhada ou Colaborativa, esse movimento entre pessoas e pessoas e estas e organizações é chamado de Comunidades Criativas ou Colaborativas. Estas emergem de “baixo para cima” e sem esperar por ações do Estado desenvolvem inovações sociais para resolver e/ou minimizar problemas que incomodam no seu cotidiano (CHAVES & FONSECA, 2016). Por outro, o Estado sempre foi a principal força de inovação tecnológica ao longo da história. E, consequentemente, um Estado desprovido de interesse, ou incapaz de promovê-lo sob novas condições, pode levar a paralisação da energia inovadora autônoma da sociedade para criar e aplicar tecnologia (CASTELLS, 1999). Dentre as experiências denominadas de Comunidade Criativas, tem-se o Programa Telessaúde que nasceu por meio de uma iniciativa da médica Evelyn Eisenstein em 2003. Além dos problemas cotidianos que as Comunidades Criativas tentam resolver, as questões política-tecnológicas parecem ter significativa influência no seu surgimento e desenvolvimento.

Objetivos

Abrir discussão sobre o incentivo que o governo federal aplicou no setor de inovação tecnológica no Brasil durante o período em que a Telessaúde surgiu e se expandiu.

Desenvolvimento

A Telessaúde surgiu de uma iniciativa universitária em 2003 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, conforme as atividades foram sendo diversificadas e agregando outros profissionais passou a ser denominada telessaúde. O Programa tem como cerne o uso e a difusão da tecnologia em rede de Telessaúde no que se refere à produção e oferta de Teleconsultoria, Tele-educação e Telediagnóstico para os profissionais e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). O Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, criado pelo Ministério da Saúde, conecta hospitais universitários à municípios remotos em uma rede, dedicada à educação, pesquisa e serviço, prioritariamente, para os profissionais de saúde que atuam no SUS. O país tem muito a ganhar com a formação e a consolidação de redes colaborativas integradas de educação e assistência médica a distância. Benefícios como a redução de deslocamentos de profissionais e de pacientes e a possibilidade de levar a Medicina especializada a regiões remotas e carentes fazem enorme diferença em um país com dimensões continentais como o Brasil (LIMA; SANTOS & MONTEIRO, 2013). Essas inovações não tratam-se de meras ferramentas a serem utilizadas, mas de processos a serem aprimorados, produtores e usuários se confundem pelo fato da criação dar-se durante o uso. A mente do ser humano passa a ser uma força direta, e não, mais um dos elementos do processo de produção do conhecimento. Dessa forma a matriz produtora de saberes, não é mais única, estando em constante mudança e produção. As redes colaborativas são na maioria das vezes relacionadas com a inovação nas empresas, entretanto, esse processo cooperativo pode e deve ser utilizado no ambiente público e, sobretudo, no âmbito da saúde. As redes colaborativas, podem ser engendradas por empresas e pessoas, organizações públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, inclusive entre si, interligadas por meio da tecnologia, desde que, comunguem dos mesmos interesses. A partir de então as atividades desenvolvidas, podem reduzir inseguranças e riscos da atividade, potencializando a capacidade de organização dos saberes, partindo essencialmente da cooperação entre os envolvidos. O que fica evidente nesta forma de colaboratividade é ralação per to per - pessoa a pessoa em que a interação pode ocorrer entre profissional e paciente ou entre profissionais, pode ocorrer em tempo real ou não(SANTOS et al, 2006). A aplicação do que se pode chamar de e-saúde vem ocorrendo no Sistema Único de Saúde no Brasil de modo distinto, conforme as necessidades e ferramentas envolvidas. Os processos atuais são: teleconsultorias, telediagnósticos, disponibilização de segunda opinião, telecirurgia, telemonitoramento (televigilância), educação permanente (teleducação), simulações clínicas, prontuários eletrônicos, formação e análise de banco de dados, biblioteca virtual de imagens e outros (SANTOS et al, 2006). Em regiões rurais e outros tipos de comunidades que dificilmente teriam acesso a consultas especializadas, os recursos de e-saúde possibilitam acesso a diferentes profissionais especializados e com recursos mais avançados de diversas instituições, favorecendo consequentemente o usuário que vive nesses locais de difícil acesso. Partindo da premissa de que é pela intervenção estatal, que a sociedade pode entrar num processo acelerado de modernização tecnológica, capaz de mudar o destino das economias e do bem-estar social (CASTELLS: p.26, 1999). A década de 2000, foi considerada exitosa em ações em benefício da inovação na economia brasileira, com ampla mudança em sua agenda de política tecnológica. Com o desenvolvimento de instrumentos para a retomada efetiva na política industrial no país, sendo que a primeira delas em 2004, com a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE). A segunda em 2008, com a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e em 2011, com o lançamento do Plano Brasil Maior (PBM). Superando uma lacuna de anos, em todas as iniciativas é possível identificar a inovação como condição de variável-chave, articulando vários instrumentos de política tecnológica que vinham sendo idealizados anteriormente (BASTOS, 2012). Foi possível perceber que conforme o incentivo à inovação tecnológica no país aumentava progressivamente, as iniciativas brasileiras em Telemedicina e Telessaúde alcançavam estágio de integração federal ministerial. A Rede Telessaúde Brasil em 2007 já contava com nove Núcleos de Telessaúde, cada um deles responsável pela instalação de 100 Pontos e em 2012 eram 11 núcleos e 1500 pontos em atividade (ABDALA In MATHIAS, I.; MONTEIRO, A. (org), 2012).

Considerações Finais

A comparação dos números aliada ao aporte teórico apresentado deixa claro que ações Colaborativas como a estudada dependem, sobremaneira de investimento público, mas antes de tudo, dependem da compreensão dos governantes o real sentido de bem estar social, ao que se percebe, no período estudado essa combinação aconteceu.

Palavras Chave

telessaúde; incentivo tecnológico; redes colaborativas; comunidades criativas.

Area

Informação e Tecnologias da Informação em Saúde

Instituciones

UNICENTRO - Paraná - Brasil

Autores

IONE RODRIGUES CORREIA IONE, Josiane Caldas Josiane, Raquel Dorigan de Matos Raquel