Datos del trabajo


Título

PUERPERIO COMO MOMENTO DE SOFRIMENTO FISICO E PSIQUICO: DIFICULDADES VIVENCIADAS POR MULHERES NOS CUIDADOS DE SEUS RECEM-NASCIDOS.

Introdução

Introdução: Sendo o momento da gestação e puerpério, momentos representativos, e, para grande parte das mulheres um período de inquietação e angústia, reunindo constantes modificações, junto a tecnologias, saberes comuns e empoderamento, conduz a importância do levantamento e questionamento a respeito do assunto. É direito a mulher o acompanhamento da gestação pelo pré-natal, que objetiva assegurar o desenvolvimento gestacional, favorecendo o parto de um recém-nascido saudável, sem repercussão negativa para a saúde da mulher, abordando também aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. O casal que vivencia o período gravídico-puerperal, apresenta necessidade de cuidados os quais podem ser, de forma preferencial, através da educação em saúde. Carecem do compartilhamento de reflexões, sobre as transformações vivenciadas, a troca de experiência, e se preparar do ponto de vista corporal e emocional. Considerando estas questões definiu-se como objeto deste estudo: dificuldades vivenciadas pelas mulheres no cuidado ao filho recém-nascido.

Objetivos

Objetivos: Identificar as dificuldades vivenciadas pelas mulheres no cuidado ao filho recém-nascido.

Método

Método: Trata- se de uma pesquisa de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, realizada em dois municípios da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de janeiro e abril de 2018. As participantes foram mulheres, com idade acima de dezoito anos, independente da paridade, que tenham tido ao menos um filho vivo, atermo, sem patologias ou síndromes, com mais de um mês e menos de dois anos de vida, que tenham realizado no mínimo seis consultas de pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que não estivessem no período do puerpério. Para coleta dos dados foi aplicada a técnica do grupo focal, totalizando quatro grupos. Em todos os grupos houve a presença de duas pesquisadoras, evitando-se a presença de profissionais que poderiam ter participado do pré-natal das depoentes, evitando constrangimentos e análises não fidedignas, possibilitando uma comunicação dinâmica e produtiva. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento de coleta de dados do tipo roteiro de entrevista semi-estruturado, preenchido pela pesquisadora. A primeira parte do roteiro consta de dados que viabilizaram a caracterização das participantes, e a segunda parte do instrumento, consta de um roteiro temático, utilizado pela pesquisadora para conduzir o grupo focal. A abordagem pedagógica do grupo foi a roda de conversa contemplando os seguintes temas relacionados em um roteiro temático: aleitamento materno, higiene, sono e repouso, cólicas abdominais. Outros temas surgiram desde o primeiro grupo, que foram: a relação das mulheres com suas redes de apoio e a perspectiva acerca do pré-natal. O grupo focal foi filmado e posteriormente, as falas foram transcritas na íntegra pela pesquisadora. Os dados coletados na primeira parte do instrumento de coleta de dados passaram por análise de perfil e caracterização das participantes. Os dados oriundos da transcrição das falas foram fracionados em incidentes, nomeados, agrupados e reagrupados, tantas vezes necessário, até revelarem categorias temáticas, segundo Bardin2. As participantes foram nomeadas com nome de flores para a garantia do sigilo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro, sob parecer consubstanciado nº 2.406.321. Foi considerado os riscos emocionais das participantes nesta pesquisa. Neste caso, foi garantido a participante o direito de se retirar a qualquer momento sem prejuízos ou qualquer tipo de penalidade e caso fosse necessário, foi garantido o encaminhamento para o Serviço de Atendimento Psicológico /SPA da Universidade Federal Fluminense/Campus Rio das Ostras. Fato que não foi necessário para nenhuma participante desta pesquisa.

Resultados

Resultados: Ao todo participaram deste estudo, vinte e nove mulheres, destas, somente dez se adequaram aos critérios de inclusão. As participantes tinham faixa etária entre vinte e trinta e sete anos, tendo uma média de 32,4 anos. Dentre as participantes, a escolaridade encontrada foi de três com ensino fundamental incompleto, seis com segundo grau completo e uma com o ensino superior completo. O grupo continha duas primíparas e oito multíparas, que já haviam passado por cesárias e partos normais, o que foi de grande oportunidade e acréscimo ao grupo, uma vez que houve uma troca muito grande entre as participantes, sobre as diferenças e experiencias e a correlação do tipo de parto influenciador aos cuidados com o recém-nascido. Todas as participantes fizeram seus pré-natais da última gestação pelo SUS, sendo três com sete consultas, três com oito, duas com dez e duas com onze consultas, tendo uma média de 8,7 consultas de pré-natal. Em relação aos profissionais que acompanharam esses pré-natais, seis mulheres acompanharam sua gestação somente pelo profissional médico, três tiveram um acompanhamento misto com médicos e enfermeiras e, apenas uma participante fez seu pré-natal somente com a enfermeira. A apreciação dos dados revelou 02 (duas) categorias temáticas, a saber: Categoria 01: Lacunas nas atividades educativas durante o pré-natal, tendo como subcategorias: consulta de pré-natal reduzida a procedimentos técnicos e, cuidado deficiente. Categoria 02: Puerpério como momento de sofrimento físico e psíquico, tendo como subcategorias: dor física, dor psíquica, falta de rede de apoio, falta de informação.

Considerações Finais

Considerações finais: Este estudo revela que, apesar das mulheres terem acompanhamento pré-natal com número de consultas de pré-natal acima do mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde, houve fragilidade nas atividades em educação em saúde e falta de comprometimento dos profissionais envolvidos, potencializando-se medos e receios à cerca de inúmeras questões relacionadas a maternidade e aos cuidados com o recém-nascido. Propõe-se que os serviços de saúde que atendem a gestantes incluam no calendário de atendimento pré-natal atividades educativas coletivas e individuais de modo sistematizado com vistas a minimizar o sofrimento físico e psíquico das mulheres durante o puerpério.

Palavras Chave

Período pós-parto; Cuidado pré-natal; Saúde da mulher; Cuidado da criança; Enfermagem.

Area

Saúde da Mulher

Instituciones

Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Yamê Regina Alves, Jane Baptista Quitete, Gloria Maria Oliveira Magalhães