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Título

TRABALHO INFANTO-JUVENIL: UMA QUESTAO DE SAUDE PUBLICA

Introdução

Um tema antigo e persistente na sociedade capitalista é a exploração do trabalho infanto-juvenil, que é complexa, estado associada a muitos fatores e não somente restrita à pobreza, às desigualdades e às exclusões sociais existentes no Brasil.
O trabalho precoce pode prejudicar a formação intelectual, ao seu desenvolvimento psíquico, intelectual e afetivo, acarretando perda de etapas fundamentais da sua vida, significando uma necessidade de se tornar adulto antes do tempo.
Trata-se de um fenômeno social presente ao longo de toda a história do Brasil.
É uma causa importante da evasão escolar.
Os direitos da criança são normatizados pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outras normas, por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Código Penal.

Objetivos

Objetivos: Considerando o trabalho precoce e sua relação com a saúde, estabelecemos como objeto de estudo Analisar criticamente publicações a cerca do trabalho infantil.
Para alcançar o objeto de estudo estabelecemos três objetivos:
- Demonstrar o impacto do trabalho precoce a saúde da criança e adolescente
- Verificar as políticas de saúde do trabalhador no que tange o trabalho de crianças e adolescentes.
Considerando o trabalho infantil como um risco a saúde da criança e do adolescente, esse estudo contribui dando visibilidade ao tema que pouco é tratado na área da saúde, levando a reflexão e possibilitando que outros estudos possam ser realizados.

Desenvolvimento

Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, exploratória, a fim de esclarecer conceitos e idéias a cerca do tema, pelo número limitado de pesquisas sobre o assunto. Do tipo qualitativa, com análise de conteúdo.
A pesquisa foi realizada em acervos de bibliotecas virtuais, com coleta de dados no mês de abril e análise no mês de maio de 2018. Foram utilizadas as seguintes palavras chave: trabalho infantil, exploração do trabalho infantil. O período de busca foram os últimos 20 anos e devido ao número limitado de pesquisas, foram incluídos artigos da área de saúde e de direito, em português.
Foram selecionados e fichados 9 artigos. O período pesquisado se justifica pela carência de material acadêmico a cerca do trabalho infantil na área da saúde.
Resultados: A Constituição de 1988, em seu artigo 227, reconhece os direitos das crianças dentro do princípio da proteção integral, proíbe o trabalho de pessoas menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.
O artigo 403 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, por sua vez, estabelece também a idade mínima para o trabalho aos 16 anos. 
Tivemos importantes avanços no sentido da universalização da educação básica, melhor fiscalização do trabalho e existência de políticas públicas de transferência de renda condicionada, como o Bolsa Família e o PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, em 1996.
Foram criadas instâncias de diálogo social, como a Comissão Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI).
Em 2017, o Escritório da Organização Internacional do Trabalho - OIT no Brasil e o Ministério do Desenvolvimento Social finalizaram a elaboração de Diagnósticos Intersetoriais Municipais de Trabalho Infantil. 
Alguns autores concordam que o trabalho infantil é visto pelas famílias como “natural” e “necessário”, que faz parte do sistema de relação de ajuda e troca intrafamiliar, embora as famílias reconheçam que reflete em prejuízo a saúde da criança e do adolescente.
Todos referem que o trabalho infantil é uma violência à saúde, capaz de gerar graves sequelas para a vida adulta, seja intelectual, emocional e ou física, com sequelas de aparecimento precoce ou tardio e trazendo prejuízos a convivência familiar.
Foi observado que na construção do campo da saúde do trabalhador, no Brasil, houve um silêncio sobre a mão-de-obra infantil.

Considerações Finais

Apesar de todos os esforços, muitas crianças ainda são exploradas, trabalhando, sofrendo sequelas físicas, emocionais, intelectuais, com a infância interrompida pelo trabalho infantil.
Por isso, é imprescindível que o Brasil adote medidas urgentes e eficazes para a eliminação do trabalho infantil, através da inclusão dessa população como objeto de estudo, auxiliando na mudança da realidade.
É importante incluir o trabalho infanto-juvenil como objeto de pesquisa na pós-graduação, em tentativa de uma maior visibilidade sobre o tema no âmbito da academia, podendo contribuir com as políticas públicas.

Palavras Chave

trabalho infantil, exploração do trabalho infantil

Area

Políticas públicas em saúde

Autores

ANA PAULA SOARES DE SENNA TEIXEIRA, ANDRÉ LUÍS CÂNDIDO DA SILVA, ARLETE ANA MOTTER