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Título

AUTOCUIDADO E CUIDADO DE SI: UMA COMPREENSAO TEORICO REFLEXIVA PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM

Introdução

Refletir sobre o cuidado nos remete a especular o que é o cuidado, quem cuida e por que cuidamos, e nessa perspectiva de compreensão, o cuidado tem diversos significados que, por vezes são complexos, e sem uma concepção definida. Está inserido na humanidade desde o início da história do ser humano, acompanha a evolução dos tempos, convive com as mais variadas formas de sociedade e está no interior das discussões nos diferentes contextos coletivos (1) O cuidado às pessoas tem sido apontado como objeto epistemológico da enfermagem. É um modo de estar com o outro, no que se refere às questões especiais da vida das pessoas, como a promoção e a recuperação da saúde, o nascimento e a própria morte. É compreendido como um cuidado que rompe com a fragmentação corpo/mente, normal/patológico.

Objetivos

Este estudo objetivou compreender o cuidado humano numa perspectiva paradigmática da totalidade e da simultaneidade a luz da Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici.

Desenvolvimento

Trata-se de um estudo teórico reflexivo, construído a luz da Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici, sendo dividido em seis partes fundamentais, na primeira parte do texto, contextualiza−se o cuidado nos seus aspectos gerais; na segunda parte aborda−se o cuidado na perspectiva filosófica de Martin Heidegger; na terceira parte explora−se o autocuidado na concepção de Dorothea Orem; na quarta parte discute−se o cuidado de si preconizado por Michael Foucault; na quinta parte, busca−se estabelecer a relação entre os conceitos de autocuidado e o cuidado de si, com os paradigmas da totalidade e da simultaneidade e finalmente na sexta parte trás consigo a ferramenta das TRS como normalizadora desse cuidado. A enfermagem e o cuidado de si. Foucault historia o desenvolvimento da hermenêutica de s¡ em duas situações diferentes: a primeira é na filosofia greco−romana dos dois primeiros séculos do Império Romano, e a segunda é na espiritualidade cristã e os princípios monásticos, tais como se desenvolveram nos séculos IV e V, sob o Baixo−Império. Na antiguidade, o cuidado de si significava para os gregos busca no comportamento da vida social e pessoal e direcionava o viver de cada pessoa, sua conduta, sua moral. Com o advento do cristianismo seu comportamento passou a ser conduzido por normas, buscando a estética da existência (2). Podemos dizer que o sentido que isso ocupa é o de se estar lançado num mundo, é o que Heidegger chama de estar em jogo, é perceber que nesse jogo, nos arriscamos, temos limitações, erramos e acertamos, e também precisamos de cuidado, precisamos nos cuidar para cuidar do outro. Neste mesmo sentido, o autor nos fala de um cuidado autêntico, assume o termo sorge = cura; preocupação. Este é o que unifica realidade e possibilidade, mas uma possibilidade enquanto condição humana, ou seja, não confere só teorização sobre ação, mas configura comportamentos e atitudes do homem. Teoria e prática são possibilidades ontológicas de um ente cujo ser deve determinar−se como cura (3). A enfermagem e o autocuidado. Os requisitos universais do autocuidado são comuns para todos os seres humanos e incluem a conservação do ar, água, alimentos, eliminação, atividade e descanso, solidão e interação social, prevenção de risco e promoção da atividade humana. Estes oitos requisitos representam os tipos de ações humanas que proporcionam as condições internas e externas para manter a estrutura e a atividade, que apóiam o desenvolvimento e o envelhecimento humano. Quando se proporciona de forma eficaz, o autocuida− do centrado nos requisitos universais se promove a saúde e o bem estar(4) Representaçôes sociais e o cuidado de si. O cuidado vem ser substituído pelo cuidado de si, uma iniciativa na qual convém da ocupação de si próprio emanados em imperativos sociais e elaborando saberes coletivos (5). Ao reportarmos o cuidado do outro, podemos incitar que, para a ocorrência do ato de cuidar, é necessário o despertamento de sentimento pelo outro, nos tornando sensíveis a situações que o envolve. O cuidado faz surgir em nós um ser humano sensível, com ternura e sentimento, pois ao praticar o cuidado, desenvolvemos em nós dimensões profundas e desconhecidas. O ato provoca cidadania e comiseração, pois permite sentir o outro, desperta a cordialidade e gentileza, ou seja, a lógica de valores éticos implícitos no ser humano (1). Já no que se refere à enfermagem, esta se pauta na qualidade de vida sob o ponto de vista da pessoa, oferecendo a sua presença e direcionado as sua metas, aos seus sonhos(6). A pessoa passa a ser valorizada, ela é a autoridade é não mais a enfermagem, por tal motivo os planos assistencias não são baseados nos problemas de saúde, mas sim planos elaborados pela própria pessoa. A enfermagem cabe direcionar o ser humano para compreender e atuar nos seus padrões de saúde, e assim melhorar sua qualidade de vida. Percebemos que devido ao autocuidado estar alicerçado ao paradigma da totalidade, a saúde adquiriu um aspecto objetivo, podendo ser quantificavél. Cabe à enfermagem orientar a pessoa na sua adaptação como o meio ambiente. Já o cuidado de si, segue os pressupostos do paradigma da simultaneidade que valoriza o subjetivo do ser humano compreendendo que a enfermagem deve auxiliá−lo, respeitando a sua vivência, nos cuidados a sua saúde, tendo como meta uma melhoria da sua qualidade de vida (7) Outro ponto que destacamos, é que o autocuidado está vinculado ao objetivismo do processo saúde−doença, enquanto o cuidado de si encontra−se permeado pelo subjetivismo do referido processo.

Considerações Finais

O autocuidado está centrado no paradigma da totalidade, adota o pressuposto de que o ser humano é a somatória de suas partes: é a soma do biológico, psicológico, espiritual e social, além de evidenciar que a pessoa tem que se adaptar ao meio ambiente. Já o cuidado de si está atrelado ao paradigma da simultaneidade que adota que a pessoa não é um ser somativo, pois o todo é maior do que a soma das partes, assim como as partes são representativas desse todo.

Palavras Chave

cuidado, auto cuidado, enfermagem

Area

Comunicação e Saúde

Autores

joel Lobato da Costa, Silvio Éder dias Silva, Irene de Jesus Silva, Marília de Fátima Vieira de Oliveira, Sandra Helena Isse Polaro, Vera Radünz, Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, Mary Elizabeth de Santana, Jeferson Santos Araújo, Antonio Jorge Silva Correa Junior