Datos del trabajo


Título

CONFIGURAÇAO DAS FAMIIAS QUE BUSCAM ATENDIMENTO NUMA CLINICA ESCOLA DE PSICOLOGIA

Introdução

Atualmente evidenciam-se múltiplas configurações familiares, diferentemente da realidade que predominou até meados do século XX. Os arranjos familiares seguiam tradicionalmente o modelo de uma família biparental acolhedora e um sistema familiar no qual a função do esposo era de provedor e a da esposa educadora dos filhos e mantenedora da paz no lar. Observa-se no presente que a predisposição da sociedade em desenvolvimento abarcar cada vez mais novos padrões familiares.
É um fato na atualidade a coexistência de diferentes configurações familiares. Estas diferentes configurações oriundas das mudanças dos macros e micros sistemas humanos exigem uma adaptação das famílias nos seus contextos relacionais, assim como, dos profissionais que trabalham com tais sistemas familiares. Os profissionais da Psicologia pertencem ao contexto social em permanente transformação tanto quanto seus pacientes. Atentos às mudanças conceituais e estruturais que a família tem apresentado diante do vigente contexto social, os profissionais da Psicologia necessitam buscar constantemente novos conhecimento e saberes para acompanhar as transformações dos sistemas familiares.

Objetivos

Conhecer quais são as configurações familiares que buscam por atendimento na Clínica Escola de Psicologia.

Método

Foi realizada uma investigação quantitativa fundamentada na pesquisa documental. A amostra foi estabelecida por conveniência e a saturação teórica por exaustão. Foi consultado o arquivo de pacientes inativos da Clínica Escola de Psicologia, do ano de 2011 até dezembro de 2017. O instrumento utilizado na coleta de dados deste estudo foi formulado pela pesquisadora, norteado pelo objetivo e questões da pesquisa. A pesquisadora realizou a coleta em novembro de 2017. A pesquisadora analisou todo o arquivo com as fichas dos pacientes desligados de atendimento individual, casal e família em todas as abordagens teóricas utilizadas na Clínica Escola de Psicologia. Para cada ficha de família encontrada pela pesquisadora era realizado o registro das informações na ficha de coleta de dados.

Resultados

Foram encontradas cento e oito fichas de famílias atendidas pela terapia familiar. Foram incluídas neste estudo setenta e três fichas. As demais fichas foram excluídas por não apresentarem as configuração familiar, motivo da consulta, motivo do desligamento e/ou data dos atendimentos. Também foram excluídas as fichas de famílias que tinham o registro do primeiro contato por telefone com agendamento de atendimento, mas que as famílias não compareceram. As famílias que vieram para atendimento apenas o casal ou apenas um membro da família do mesmo modo foram excluídos. A partir da análise constatou-se que vinte e sete famílias tinham sua configuração biparental. Outras dezesseis famílias tinham sua configuração monoparental, sendo que quinze famílias a configuração era mãe e filho(s) e apenas uma família a constituição era pai e filho(s). Em seis famílias a configuração era mãe, filho(s) e avó materna. Em três famílias a configuração era avó e neto(s). Em duas famílias a configuração familiar era de pai, mãe, filho(s) e avó. Em duas famílias a configuração era mãe, filho(s) e padrasto. Em mais duas famílias a configuração era avós e neto(s). E, mais duas famílias a configuração era avó paterna, filho(s) e neto(s). Em seis famílias cada uma tem configuração familiar única e distinta das anteriores. Sendo constituídas da seguinte maneira: pai, duas filhas e duas netas; avô e avó maternos, filha e dois netos; bisavó materna, vó materna, mãe e filha; mãe, filha e duas sobrinhas; avó materna, mãe, dois filhos e namorado da mãe; mãe, dois filhos e namorado da mãe.
Os motivos pelos quais as famílias chegam para atendimento foram por indicação dos profissionais da educação que encaminharam vinte e duas famílias. Em seguida os profissionais da saúde que encaminharam quatorze famílias e os órgãos públicos foram responsáveis pelo encaminhamento de quatro famílias. Houveram vinte e sete famílias que um de seus membros procurou por atendimento psicológico para o sistema familiar. Deram alta seis famílias. Ocorreu o desligamento de uma família pela impossibilidade de comparecimento com a justificativa do agravamento da doença de um seus integrantes. A família que faltou três vezes consecutivas sem justificá-las, automaticamente era baixada sua ficha. Isso aconteceu com vinte e quatro famílias. A desistência e falta de interesse foi o maior motivo de desligamentos, trinta e três no total.

Considerações Finais

As novas configurações familiares não sobrepõem os modelos biparentalidade e monoparentalidade na busca por atendimento Clínica Escola de Psicologia. Constatou-se que o mesossistema (profissionais da educação e da saúde) e o exossistema (órgãos públicos) das famílias tem contribuído significativamente para o encaminhamento das famílias para psicoterapia. Por tanto, as famílias não vieram para atendimento por decisão delas e sim por um encaminhamento de alguém de fora do sistema nuclear.
O encaminhamento realizado pelo mesossistema e exossistema talvez seja uma explicação do baixo número de desligamento por alta (apenas seis). Este resultado demonstra o quanto a família em atendimento psicológico precisa estar disposta a conhecer seu padrão de funcionamento e compreender sua co-responsabilidade no êxito da terapia como também na funcionalidade da família.

Palavras Chave

Configurações Familiares, Atendimento Clínico; Abordagem Sistêmica.

Area

Processo de trabalho e profissionalização

Autores

Chaiane Cássia Giacomoni Simor, Michele Minozzo Sathes, Cláudia Mara Bosetto Cenci