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Título

O AMBIENTE DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIATRICA E SUA IMPLICAÇAO PARA ASSISTENCIA DA CRIANÇA E SUA FAMILIA: REVISAO INTEGRATIVA

Introdução

A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) é um ambiente com ampla tecnologia, tenso pela pressão de salvar vidas, devido à gravidade das crianças, caracterizado muitas vezes por ser um lugar frio, com muita luminosidade, onde há uma grande quantidade de ruídos, como: os profissionais falando alto, alarmes repetitivos e incessantes dos aparelhos, choro e lamentos das crianças internadas. Este ambiente é representado, tanto em recursos tecnológicos quanto humanos para atender, com maior segurança possível crianças e adolescentes que necessitam de cuidados intensivos, assegurando que esta criança se mantenha viva, para que assim, possa se inserir ao convívio familiar e social. O ambiente influencia diretamente no bem estar do paciente, sua família e equipe multiprofissional. As táticas que auxiliam o contato, a interação e a dinâmica na UTI, podem ser consideradas requisitos básicos para a humanização do cuidado. Além disso, o ambiente do exercício profissional em instituições de saúde é determinante na qualidade e na segurança da assistência oferecida ao paciente e a equipe de enfermagem colaborando para o desenvolvimento de um sistema seguro e eficaz para o cuidado.

Objetivos

caracterizar a produção científica nacional e internacional sobre o ambiente da UTIP e o impacto desse ambiente na assistência de enfermagem à criança e sua família.

Desenvolvimento

Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados, nos meses de março e abril de 2018, utilizando os descritores que mais se adequavam à temática, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): “humanização da assistência”, “Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica”, “equipe de enfermagem”, “Arquitetura Hospitalar”, “ambiente de instituições de saúde”, “criança hospitalizada”, sendo conjugados de 2 em 2 utilizando o operador boleano AND. As bases de dados utilizadas para a revisão foram: CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PUBMED (Public Medline), SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Os critérios de inclusão para a seleção das publicações foram: artigos de pesquisa, dissertação ou tese; na área de pediatria, disponíveis na íntegra e em português, inglês e espanhol; com destaque para pesquisas desenvolvidas no cenário da UTIP. Os critérios de exclusão foram: publicações que somente continham resumo nos bancos de dados e que não possuíam o texto na íntegra disponível; dissertações e teses que foram publicadas como artigos; publicações de projetos de pesquisas que ainda não foram desenvolvidos; publicações que, após a leitura do resumo disponibilizado não coincidiam com a temática em questão; e que estivessem repetidas nas bases de dados, sendo mantidas as publicações na seguinte ordem: CINAHL, LILACS, PUBMED, SciELO e CAPES. No que se refere aos aspectos éticos, os mesmo foram dispensáveis por ser uma revisão. Resultados: Foram encontrados inicialmente 1228 estudos, restando 22 estudos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, sendo 20 nacionais e 2 internacionais. O recorte temporal que emergiu da busca foi de 1980 a 2017. A partir desses estudos foi possível identificar que o ambiente favorável à prática profissional, influencia na redução da permanência hospitalar, e que a arquitetura pode ter função terapêutica, através da humanização do ambiente hospitalar. Autores destacam a importância de um espaço voltado para as crianças como subsídio no processo de cura, pois, quando o espaço é projetado para a criança, a hospitalização pode ser entendida de forma mais positiva, destacando que a contribuição da arquitetura à saúde infantil é fundamental, confirmando a relevância da concepção de projetos arquitetônicos de ambientes de saúde para a criança. Um projeto arquitetônico bem elaborado permite economia energética, conforto e qualidade do ambiente, contribuindo assim, para que o ambiente se torne menos hostil para reabilitação e recuperação do homem, favorecendo a assistência de enfermagem à criança e sua família.

Considerações Finais

observei que apesar de existirem estudos sobre UTI e ambiência, poucos se aprofundam acerca da temática ambiência, principalmente na área assistencial da enfermagem pediátrica, muitos deles utilizam a Política Nacional de Humanização (PNH) como documento base para discutir sobre o tema e poucos abordam o familiar da criança. Desta forma, torna-se necessário uma reflexão dos profissionais de saúde acerca da temática visando um ambiente que comporte o conforto das crianças e suas famílias e a autonomia da equipe, possibilitando a utilização do próprio espaço como ferramenta facilitadora da produção de saúde e sugere-se a participação do enfermeiro no processo de planejamento do ambienta da UTIP.

Palavras Chave

unidade de terapia intensiva pediátrica, ambiente de instituições de saúde, enfermagem pediátrica

Area

Ambiente e Saúde

Autores

soraya bactuli cardoso, Themine Gerardin Poirot Land, Heloisa arruda magalhaes