Datos del trabajo


Título

MEDO DE QUEDA DE IDOSOS E OS FATORES ASSOCIADOS

Introdução

No Brasil, as políticas voltadas para a pessoa idosa evoluem de forma lenta e não contemplam de forma objetiva as demandas, como um grupo populacional em constante crescimento. A Política Nacional do Idoso (PNI) foi regulamentada em 1994 e buscou assegurar direitos sociais aos idosos em todos os campos da sociedade. Em 1996 foi promulgada a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI) incluindo o idoso na atenção integral à saúde que teve como foco o envelhecimento saudável. A construção de uma política pública de saúde com foco no envelhecimento e na saúde da pessoa idosa estabelece uma dimensão necessária às transformações da sociedade e à construção do Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde, considerando a necessidade de que o setor saúde disponha de uma política atualizada relacionada à saúde do idoso criou a políticas de atenção integral à saúde da pessoa idosa no SUS e o monitoramento e prevenção de quedas de pessoas idosas, com a divulgação do Pacto pela Saúde, em 2006 (BRASIL, 2006). A prevenção de quedas como uma política de saúde já havia sido assinalada no Pacto pela Saúde do SUS com a saúde do idoso elencada como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de governo. No pacto de indicadores de gestão do SUS foi priorizado o monitoramento das internações por fratura de fêmur em maiores de 60 anos e se enfatizou a necessidade de ações afirmativas no sentido da prevenção para a redução de quedas.

Objetivos

Diante dessa problemática, o estudo tem como objetivo analisar o medo de queda de idosos e os fatores associados.

Método

Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa. O estudo foi realizado na Estratégia Saúde da Família de Teresina, Piauí, Brasil na Unidade Básica de Saúde do Sacy. Os participantes do estudo foram 64 idosos assistidos pelos profissionais de saúde da equipe número 138. Os idosos foram abordados de duas formas: na Unidade Básica de Saúde do Saci e em visitas domiciliares seguindo um cronograma da unidade de saúde. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevista semi-estruturado, no período de abril a maio de 2017. Os dados foram processados pelo softwwere IRAMUTEQ (Interface de R pourlesAnalysesMultidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), que tem por finalidade descobrir a informação essencial contida em um texto, através de análise estatística textual e analisados pela Classificação Hierárquica Ascendente, ou seja, a relação existente entre as palavras de uma mesma classe.

Resultados

As palavras de destaque emitidas pelos idosos na classe: Medo de queda e dos fatores associados foram: medo, hoje, limpar, antes e faxina. Declararam em depoimentos que só tomam banho de chinelo. Relataram que já tropeçaram em calçadas com buracos e ruas que possuem pedras soltas, que o chão das casas é liso, especialmente dos banheiros. Os idosos declaram o medo de queda em qualquer atividade que eles desenvolvem e que só andam acompanhados por familiares ou cuidadores por terem medo de cair. As consequências das quedas de idosos são os danos físicos, como lesões teciduais, ferimentos e fraturas, declínio funcional e aumento da dependência e questões psicossociais, como medo de cair, isolamento e perda da autonomia. Considerando a gravidade de várias destas consequências, é necessário que sejam elaborados e implementados programas eficazes de prevenção das quedas. Algumas consequências das quedas podem levar a outras repercussões que podem aumentar ainda mais o risco do idoso cair, como é o caso do medo de quedas levando à restrição de atividade. Assim, fica evidente que, além dos programas de prevenção às quedas, é importante também a realização de programas de reabilitação após as quedas, com o objetivo de impedir ou minimizar a ocorrência de tais repercussões (MAIA, 2011). A prevenção ao medo de quedas recorrentes devem visar prioritariamente às mulheres que apresentam alguma limitação por causa de quedas e com baixo convívio social. Faz-se necessário o desenvolvimento de programas de intervenção e políticas públicas, incluindo orientação aos profissionais de saúde, visando a evitar que o medo de cair torne-se responsável pela diminuição da qualidade de vida entre os idosos e seus familiares, os quais acabam se mobilizando para dar assistência ao idoso. O desenvolvimento de campanhas baseadas em esclarecimentos sobre os riscos que envolvem as quedas e o medo de quedas recorrentes, por meio de grupos de convívio com atividades físicas e discussões sobre o tema, pode ser uma importante ferramenta de prevenção aos serviços de saúde (ANTES, et al. 2013). Muitos fatores de risco para quedas em residências de idosos de diferentes comunidades têm sido relatados. Os fatores intrínsecos que podem aumentar o risco de quedas e fraturas são a idade avançada, a autopercepção do idoso da sua visão e saúde ruim e como fatores extrínsecos têm-se aqueles relacionados ao ambiente, tais como iluminação, superfície para deambulação, tapetes soltos, degraus altos ou estreitos (ALMEIDA, SOLDERA, GOMES, 2012).

Considerações Finais

Os idosos demonstram medo de desenvolver atividades como uma forma de prevenir acidentes. Isso poderá resultar na limitação de idosos por causa das quedas, no baixo convívio social e má qualidade de vida. A construção de uma política pública de saúde com foco no envelhecimento e na saúde da pessoa idosa estabelece uma dimensão necessária às transformações da sociedade e à construção do Sistema Único de Saúde.

Palavras Chave

Idoso. Acidentes por Quedas. Medo.

Area

Saúde do Idoso

Autores

VANESSA MOURA CARVALHO OLIVEIRA, ROSILANE LIMA BRITO MAGALHÃES, SAMUEL RICARDO BATISTA MOURA, JOÃO PINHEIRO NASCIMENTO VIEIRA, ANA MARIA RIBEIROS SANTOS, MARIA ELIETE BATISTA MOURA, LUANA KELLE BATISTA MOURA