Datos del trabajo

Título

LESOES DE PELE EM PREMATUROS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: ESTUDO DE REFLEXAO

Introdução

A pele do recém-nascido pré-termo (RNPT) é caracterizada por ter uma espessura mais delgada, dessa forma a pele do pré-termo (PT) tem uma maior susceptibilidade a sofrer lesões de vários tipos. O ambiente das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) caracterizam-se, sobremaneira, pelo aparato tecnológico de que dispõe para cuidar dos neonatos em estado crítico. A internação nesse setor expõe esses neonatos prematuros a aumentar o risco de problemas de pele, tanto devido a manipulações excessivas pelos profissionais quanto pelo risco de infecção próprio do ambiente

Objetivos

Refletir, com base na literatura e manuais técnicos, sobre aspectos relacionados a lesões de pele em prematuros internados em UTIN.

Desenvolvimento

Trata-se de um estudo de reflexão realizado em março de 2018, para a realização desta reflexão, utilizou-se 11 artigos que foram publicados após as normas técnicas de condutas preconizadas em UTIn acerca da pele de RNs (2014) até o ano anterior (2017), além do Manual do Ministério da Saúde que normatiza tais condutas, as referências selecionadas buscavam descrever os seguintes aspectos: epidemiologia, fatores de risco, complicações e cuidados de enfermagem relacionado ao tema em questão. A epidemiologia das lesões de pele em prematuros internados em UTIN do Brasil ainda é incipiente em relação aos dados epidemiológicos, porém um estudo realizado em Brasília-DF em 2015 com esse público evidenciou que 42 neonatos internados na UTIn apresentaram lesões de pele (40,4% da amostra), sendo que alguns deles desenvolveram mais de uma lesão durante o estudo, totalizando 77 lesões de pele. Os principais fatores de risco causadores dessas lesões estão relacionados à imaturidade do tecido cutâneo, pois o estrato córneo não está formado completamente e isso acarreta em maior perca de água através da epiderme, dessa forma o RNPT torna-se mais vulnerável à desidratação, ao desequilíbrio hidroeletrolítico e a instabilidade térmica. Estas características, associadas à imaturidade do sistema, e aumentam a suscetibilidade ao desenvolvimento de lesões. Esses fatores de risco associados a procedimentos de rotina de UTIn, como a utilização prolongada de dispositivos adesivos para fixação de sondas, cateteres intravenosos, coletas excessivas de materiais para exames de laboratório, tempo prolongado na mesma posição, geram complicações na pele desses prematuros como equimose, hematoma, infiltração ou extravasamento, flebite, necrose tecidual, lesão por pressão, lesão por adesivo e dermatite de fralda. Devido a isso, para prevenção e tratamento adequado dessas complicações, esse público exige cuidados de enfermagem direcionados, com necessidade de uma avaliação criteriosa diariamente, de preferência com instrumentos validados especificamente para esta população. São medidas indispensáveis nesse cuidado: manuseio adequado do RNPT, avaliação criteriosa da pele, prevenção de perda de água transepidérmica, termorregulação, uso de emolientes e antissépticos, banho adequados ao peso, adesivos específicos, fixação de dispositivos corretas, realização mudança de decúbito, cuidados com punções e tratamento de lesões

Considerações Finais

Destaca-se a necessidade dos profissionais de saúde na realização de condutas que previnam ou minimizem lesões de pele em prematuros internados em UTIn. É necessário também por partes dos gestores investimentos em capacitação desses profissionais para com o objetivo de evitar ou reduzir as complicações na pele desses pacientes.

Palavras Chave

Pele; Recém-nascido; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.

Area

Ambiente e Saúde