Datos del trabajo

Título

ATENÇAO INTEGRAL A SAUDE DA MULHER: REVISAO INTEGRATIVA

Introdução

O Ministério da Saúde (MS) desde o ano 2000 vem implementando ações para melhoria das condições de vida das mulheres, através de políticas públicas e programas direcionados a saúde das mulheres, visando incorporar a perspectiva de gênero a partir da análise de demandas epidemiológicas e planejamento das ações de saúde.1 No plano de ações programáticas, a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), demonstra a partir de suas diretrizes a importância do reconhecer a influência dos determinantes sociais na saúde da população feminina, destacando que, nesta área, a integralidade da atenção, depende de uma visão ampliada, a partir de seu contexto de vida, das demandas apresentadas em determinados momentos, assim como de suas particularidades e das condições apresentadas enquanto sujeito capaz e responsável diante de suas escolhas.2 Segundo a Constituição Federal (CF) a integralidade encontra-se no discurso do Estado, e torna-se questão norteadora das políticas públicas de saúde, regulamentando a administração da população.3 Assim, possuir a integralidade como uma linha orientadora para afirmação do SUS (Sistema Único de Saúde), está articulado a criação de políticas de atenção que atendam problemas e situações específicas conforme as necessidades e condições de vida de cada indivíduo em todos os níveis de complexidade do sistema.4 Neste contexto, destaca-se que houve uma utilização de se perceber que os manuais do Ministério da Saúde destacam de uma forma ampla, a importância da atenção humanizada e do acolhimento para com as mulheres brasileiras, e buscam demonstrar para as equipes de saúde que existem muitos aspectos envolvidos no contexto da saúde da mulher como emocionais, socioeconômicos e culturais e que estão integrados a uma política de atenção integral a saúde efetiva.5 As mulheres possuem necessidades diferentes e que embora possuam semelhanças biológicas, suas circunstâncias se dão de formas distintas, o que resultam em necessidades de diferentes níveis de saúde, e também refletem na falta de saúde da mulher6

Objetivos

conhecer a produção científica dos últimos 12 anos disponível na literatura científica online sobre as ações de integralidade da atenção à saúde, direcionado as mulheres brasileiras.

Método

trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores: Políticas de saúde, saúde da mulher, Integralidade da atenção à saúde e saúde da mulher, integralidade e materno infantil, separados pelo operador boleano “and”, no período de junho e julho de 2016. A análise dos dados deu-se a partir da proposta operativa para análise de qualitativos, estruturada através dos momentos de pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação dos resultados.7

Resultados

Foram encontrados como resultados da pesquisa com o descritor Políticas de Saúde and Saúde da Mulher um total de 4.979 documentos, que após os critérios de inclusão e exclusão resultaram num total 8 artigos. O mesmo procedimento ocorreu para a busca com os seguintes descritores: Integralidade da atenção à saúde and Saúde da mulher, com um total de 392 trabalhos, e após o refinamento e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, resultou num total de 4 artigos salvos. A busca para o descritor Integralidade da atenção à saúde and Saúde da mulher and Materno Infantil/Integralidade and Saúde da mulher and materno infantil, resultou em um total de 46 trabalhos, onde foram salvos somente 3 trabalhos. Após essa etapa de identificação realizou-se a seleção dos artigos de acordo com a questão norteadora e os critérios de inclusão previamente definidos. Concluída esta etapa de pré seleção, procedeu-se a leitura na íntegra dos documentos, além disso essa etapa foi validada por um revisor, especialista na área de saúde da mulher. Dessa forma foram incluídas 15 publicações nesta revisão. Nesta perspectiva, há uma predominância de estudos do tipo documento oficial 33%, seguida do método qualitativo observado em 27% das publicações, revisões bibliográficas e integrativas correspondendo a 13%, observações participantes 13%, e por último relato de experiência 7% e estudo quantitativo com 7% das publicações. Em relação à predominância da área do conhecimento, destacaram-se as publicações na área da Enfermagem com 60% e da saúde pública com 30%, seguida da área de psicologia com dois estudos 6%, e da atenção primária e materno infantil com 4%. Quanto a origem das produções, a região Sudeste apresentou maior número de publicações 33%, seguida das regiões Sul 26,6% e Centro Oeste 26,6%, com a mesma quantidade de publicações, apresentando apenas dois estudos realizados fora do Brasil, um que tratou das normas de saúde para atenção integral à saúde da mulher e do homem no estágio de vida adulta e o outro sobre um paralelo de experiências entre Brasil e Portugal relacionados a educação em saúde para atenção à gestante. Com relação aos tipos de publicação foram predominantes as do tipo artigo com 53,3%, seguidos de documentos oficiais com 33,3 % e teses com 13,3% dos estudos. Os sujeitos da pesquisa são mulheres (100%) em diferentes aspectos ciclo vital feminino, mas em papéis de usuários da atenção básica, gestantes, puérperas, com diagnóstico de CA colo uterino, professoras e enfermeiras. O tema relacionado a integralidade da mulher com maior ênfase no estudo foi encontrado no que se refere a promoção, prevenção, tratamento e reabilitação (26,6%), seguido de promoção e prevenção (13,3%), acolhimento, vinculo e promoção (13,3%). Ao analisar os temas transversais, percebe-se que a variável acolhimento aparece em 40% dos aspectos citados na temática do estudo.

Considerações Finais

Percebe-se que o olhar da integralidade a saúde mulher tem a necessidade de conquistar olhares diversos, visto a mobilidade e inserção feminina em diversos segmentos e características. As questões que envolvem a saúde da mulher, estão ampliando os referenciais para além da questão voltada a reprodução humana, mas a partir dos referenciais dos estudos de gênero, incluindo temas relacionados a sexualidade, contracepção, aborto e violência o que contribui para a melhoria da qualidade de vida das mesmas, voltando temáticas sobre promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação, e humanização, refletindo as ações voltadas para o âmbito da atenção integral a saúde da mulher.

Palavras Chave

Políticas de saúde; Saúde da mulher; integralidade da atenção á saúde.

Area

Saúde da Mulher