Datos del trabajo


Título

CONHECIMENTOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DA SISTEMATIZAÇAO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE CUIDADOS CANGURU

Introdução

Com o expressivo aumento de nascimentos de bebês pré-termos e de baixo peso e a inserção precoce destes em regime de internação hospitalar, o Ministério da Saúde viu a necessidade da implementação de tecnologias de cuidado que visassem a humanização da assistência prestada a recém-nascidos pré-termo e de baixo peso (RNPBP). Desta forma, foi implantada no ano de 2000 a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso - Método Canguru (MC), uma política governamental pautada na atenção humanizada ao neonato. Nas Unidades de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), a equipe de enfermagem desempenha papel importante, pois além de prestar cuidado continuado nas 24 horas do dia, destaca-se por ofertar as informações aos pais quando são inseridos na unidade, assim constitui um elo que aproxima pais e neonatos, minimizando os efeitos negativos de uma internação hospitalar. Muito embora essa premissa não se aplique a todos os profissionais, que podem não estar aptos a reconhecer as dificuldades que mães e familiares enfrentam diante da prematuridade e de uma internação hospitalar precoce.

Objetivos

Apresenta-se como objetivos desse estudo analisar o conhecimento dos profissionais de enfermagem de uma Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) acerca da Sistematização da assistência de Enfermagem.

Método

Optou-se por um estudo descritivo de abordagem qualitativa. Participaram do estudo 15 profissionais (enfermeiros e técnicos de enfermagem) que compõem a equipe Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) de uma maternidade de referência estadual localizada na cidade Teresina-PI, Brasil. A escolha do cenário de estudo deu-se pelo fato do processo de Sistematização da Assistência de Enfermagem já está implantado na referida unidade há 03 anos. Os profissionais se dispuseram a participar do estudo foram direcionados ao um ambiente reservado. Os dados foram obtidos através de entrevistas individuais, guiada por roteiro semiestruturado, gravadas em MP4 e transcritas na integra. A coleta de dados aconteceu no segundo semestre do ano de 2016. A análise dos dados seguiu as etapas de análise de conteúdo, proposta por Bardin. Primeiramente, realizou-se a leitura flutuantes das falas e a organização o material caracterizando a fase de pré-análise. Em seguida, explorou-se o material realizando a codificação e classificação das categorias. Para finalizar, realizou-se o tratamento dos dados, inferência e interpretação. A pesquisa apoiou-se nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde conforme a Resolução Nº. 466/12 que garante a privacidade e proteção a integridade física e moral dos sujeitos.

Resultados

Os resultados evidenciaram que todos os profissionais participantes do estudo eram do sexo feminino, com idade média de 36,3 anos. Quanto a categoria profissional, 06 exercem a função de enfermeira, e 09 de técnica de enfermagem. O tempo de serviço de enfermagem variou de 03 a 28 anos, e atuantes em Enfermaria Canguru de 06 meses a 16 anos. A partir do tratamento mais apurado dos resultados foi possível estruturar quatro categorias: Organização do processo de trabalho; Dimensionamento inadequado de pessoal como entrave para aplicação da SAE, Desconhecimento sobre a sistematização da assistência de enfermagem pela equipe de enfermagem e A sistematização da assistência de enfermagem como responsabilidade exclusiva da profissional enfermeira. Por meio das falas percebeu-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem é compreendida pelos participantes com ferramenta de organização do processo de trabalho, uma vez que melhora a qualidade da assistência prestada. Os entrevistados consideram grande o quantitativo de pacientes e a execução de prática que não estão ligadas diretamente a assistência como entraves na aplicação da sistematização para todos os recém-nascidos além disso os profissionais priorizam a realização da SAE aos recém-nascidos admitidos no setor e/ou aos que apresentam alguma intercorrência clínica durante o plantão. Nas falas das depoentes, entendeu-se por sistematizar a assistência de enfermagem o ato de coletar dados, realizar visita ao leito e/ou preencher impressos, durante a admissão do paciente. A Sistematização da Assistência de Enfermagem só contribuirá para melhoria da assistência se houver a participação de toda a equipe no processo. Todavia, os profissionais entrevistados acreditam ser atribuição exclusiva da enfermeira a realização do processo de enfermagem.

Considerações Finais

Conclui-se que participantes do estudo reconheceram a Sistematização da Assistência de Enfermagem como ferramenta de trabalho que organiza as ações da equipe de enfermagem, a partir de uma assistência individualiza e planejada conforme as necessidades do cliente. Essas características organizadas dentro do processo de enfermagem conferem à assistência uma melhor qualidade. O inadequado dimensionamento de pessoal e a sobrecarga de trabalho foram citados como os maiores entraves na implementação da sistematização da assistência de enfermagem. A ideia de sistematizar a assistência é relacionada ao ato de coletar dado, visitar pacientes e preencher impressos, desconsiderando a ideia real de um processo complexo e reflexivo voltado para suprir as necessidades assistenciais dos pacientes. Outra ideia equivocada observada, foi que a sistematização da assistência de enfermagem é atividade privativa da enfermeira. Todavia, sua implementação somente será efetiva se auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros se engajarem no processo. A falta de conhecimento dos profissionais evidenciada neste estudo nos faz refletir sobre a abordagem da SAE nas instituições de ensino e de quanto esse conhecimento é transformador da prática. Reavaliar a metodologia de ensino e investir em educação permanente passeados nas deficiências apresentadas configura-se alternativa para transformar esta realidade. Inclusive pensar em modo transdisciplinar de integrar no sentindo literal ensino e serviço.


Palavras Chave

Assistência de enfermagem; Método Canguru; Conhecimento; Equipe de Enfermagem.

Area

Comunicação e Saúde

Autores

NALMA ALEXANDRA ROCHA CARVALHO, FRANCISCA JAYRA DUARTE MORAIS, SILVANA SANTIAGO ROCHA