Datos del trabajo

Título

Confiando na enfermeira obstétrica: critério de segurança para mulheres que decidiram pelo parto domiciliar planejado

Introdução

Pesquisa de abordagem qualitativa e descritiva, com a utilização da Grounded Theory, na perspectiva do Interacionismo Simbólico.

Objetivos

Analisar a concepção de segurança no parto sob a perspectiva de mulheres que decidiram pelo parto domiciliar planejado acompanhadas por uma enfermeira obstétrica.

Desenvolvimento

Da análise dos dados emergiram três categorias com suas respectivas subcategorias. Essas foram: Querendo parir naturalmente, com as seguintes subcategorias: Não vendo possibilidade de parir naturalmente no ambiente hospitalar; tendo medo da dor do parto; temendo pôr em risco sua saúde e de seu bebê; Pensando em segurança para parir naturalmente no domicílio, e Pensando no parto domiciliar planejado com enfermeira obstétrica; Decidindo pelo parto domiciliar planejado com enfermeira obstétrica, com as seguintes subcategorias: Refletindo sobre riscos, Enfrentando oposições, Recebendo informação e suporte da enfermeira, e, Escolhendo conscientemente, e, Definindo uma enfermeira obstétrica experiente, com as seguintes subcategorias: A segurança identificada na experiência prática/técnica da enfermeira obstétrica, A segurança identificada na resposta à afetividade da enfermeira obstétrica, A segurança identificada no conhecimento científico, segurança identificada nas ações que transcendem o olhar técnico-científico, e, definindo parto seguro através da própria experiência do parto domiciliar planejado. Essas categorias, em sua articulação, levaram à identificação da categoria central que norteia o modelo teórico explicativo como sendo: Confiando na experiência da enfermeira como critério de segurança na escolha por um parto domiciliar planejado. Evidenciou-se que a concepção de segurança relacionada à confiança, no parto domiciliar planejado, se origina através das relações e interações que as mulheres desenvolvem com os objetos sociais, com os fenômenos e com as outras pessoas, no âmbito de seu núcleo social. O ambiente domiciliar aparece como contexto em que as mulheres encontram segurança, por este ser mais propicio ao aprimoramento da confiança e vínculo na relação com a enfermeira. A decisão e a experiência de parir em domicilio estão atreladas à noção de pertencimento e protagonismo no seu parto.

Considerações Finais

Este estudo mostra que a relação de confiança entre a mulher e a enfermeira obstétrica, bem como o respeito por suas escolhas e a manutenção do seu protagonismo, proporcionaram segurança no parto domiciliar planejado. A concepção de segurança no parto para as mulheres significou estar em um ambiente de protagonismo. Na perspectiva interacionista, a mulher deseja parir naturalmente em casa com uma enfermeira obstétrica e, uma vez tomada essa decisão ela age. O que se destaca como fundamental para a definição dessa linha de ação, é que dentre os objetos sociais, identificados, conceituados, ponderados e articulados pela mulher, está a concepção de segurança. A segurança é traduzida e personificada na enfermeira obstétrica com seu comportamento e atitudes, com seu conhecimento, com a sua afeição, com sua capacidade de subjetivar e abstrair o que a mulher está vivenciando e, principalmente, a mulher sente que a enfermeira obstétrica está junto com ela nesse processo. Confiar na enfermeira obstétrica é questão central no cuidado. As enfermeiras obstétricas são profissionais capacitadas em compartilhar com as mulheres, seus conhecimentos a respeito da fisiologia do trabalho de parto e parto, e do uso de tecnologias não-invasivas de cuidado, permitindo, assim, a participação delas na construção do protagonismo e empoderamento das mulheres de quem cuida. Assim entendemos que esse modo de cuidar deva ser estendido para o ambiente institucional hospitalar ou dos centros de parto normal.

Palavras Chave

Parto Domiciliar. Trabalho de parto. Saúde da Mulher. Enfermagem Obstétrica.

Area

Saúde da Mulher