Datos del trabajo


Título

O efeito da devastação ambiental na saúde humana na atenção primária: uma revisão integrativa

Introdução

É incontestável o fato de que existe um processo de destruição ambiental acelerado no âmbito global. Nesse sentido é complacente dizer que várias áreas de atuação devem se unir para que esse assunto seja discutido e que possa existir compreensão do tema, bem como estratégias para combater esse dano ao meio ambiente e melhorar as condições de vida da população mundial.
Vargas e Oliveira (2007) pontuam que na enfermagem, por exemplo, ainda é incipiente o engajamento desse profissional em ações que visem à saúde ambiental, apesar da existência de um documento elaborado pelo Conselho Internacional de Enfermeiras (CIE) que ressalta o papel da enfermeira e de suas associações, que como educador em saúde deve alertar a população sobre os perigos que a devastação do meio ambiente pode trazer para a saúde.
Como as ações de preservação ambiental são instrumentos de proteção da saúde, devem ser entendidas como um dever do Estado e um direito de todos, segundo a Agenda 21 Brasileira. No cenário internacional, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde criaram o conceito de Atenção Primária Ambiental (APA), que é uma estratégia de ação ambiental, basicamente preventivista e participativa em nível local, que reconhece o direito do ser humano de viver em um ambiente saudável e adequado, e a ser informado sobre os riscos do ambiente em relação à saúde, bem-estar e sobrevivência, ao mesmo tempo em que define suas responsabilidades e deveres em relação à proteção, conservação e recuperação do ambiente e da saúde.
Santos, Silva e Azevedo (2015) inferem ainda que a política de saúde no Brasil (SUS) possui em seu arcabouço os princípios de universalidade, integralidade e equidade, constituindo-se como um ponto central da preocupação com o processo gradual de melhoria da qualidade de vida da população. Este sistema busca prestar uma assistência à população a partir do modelo de promoção e prevenção da saúde, na tentativa de determinar ou condicionar o aparecimento de doenças; proteger a saúde da população, com ações específicas para prevenir riscos e exposições às doenças e agravos à saúde; e desenvolver ações de restabelecimento da saúde.
Thomasi (2011) instrui que é certo que o conceito de meio ambiente e saúde são indissociáveis, tanto que a norma legal assim prevê, já que o meio ambiente vai influenciar na qualidade de vida das pessoas e consequentemente determinar quem vai ter uma boa saúde ou não. Por sua vez o conceito de saúde diz respeito a uma série de fatores que determinam o bem estar do indivíduo, englobando o meio ambiente

Objetivos

Analisar a produção científica acerca do conhecimento do profissional enfermeiro no tocante aos efeitos que a devastação ambiental tem no seu meio e a importância da sustentabilidade para manutenção da saúde do indivíduo na atenção primária. Espera-se com este estudo contribuir com o debate, por meio da apresentação do tensionamento entre os encaminhamentos que têm sido dados aos estudos sobre a temática e as demandas efetivas advindas desse contexto de crise ambiental e os benefícios

Método

Estudo de revisão integrativa com abordagem qualitativa no qual se utilizou para a análise dos dados o referencial teórico-metodológico da análise de conteúdo de Bardin (Bardin, 2011). Optou-se por esta análise, pois se compreende como um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. Sendo uma pesquisa de revisão integrativa, a mesma foi desenvolvida em seis etapas: construção da pergunta norteadora; busca ou amostragem da literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados; e apresentação da revisão integrativa.

Resultados

Dos artigos selecionados houve predomínio no tipo de pesquisas qualitativas empregadas em cinco estudos, seguido de pesquisa descritiva utilizada em um estudo, sendo um referente a estudo de caso do tipo exploratório e um estudo como revisão teórico-filosófica. Da análise de conteúdo emergiram duas categorias, a saber: a importância do cuidado com o meio ambiente para a saúde primária e a educação ambiental como ferramenta para evitar agravos de saúde. Os resultados permitiram uma discussão a respeito de como a área ambiental está pouco assistida na saúde em nível nacional e internacional.

Considerações Finais

Na construção deste trabalho percebeu-se que os autores trouxeram nas suas conclusões, que em sua grande maioria os seres humanos não estão culturalmente preparados para abrir mão de ganhos para proteger o ambiente porque não observam e/ou não tem essa visão futurística em relação aos agravos á saúde que podem ter como prevenção a preservação do meio ambiente. Conclui-se com este estudo que são escassas as pesquisas publicadas na área da saúde, sobre o assunto, observa-se a predominância de pesquisas qualitativas, do tipo descritivo, incluindo os estudos documentais. Referente aos sujeitos/população predominaram os enfermeiros devidos á pesquisa nas bases de dados ter incluído a profissão para contexto. Contudo foi observado que quando é pesquisada a questão de saúde ambiental é muito comum que tenha esse profissional predominante, e na leitura é avaliado que esse individuo, é escolhido devido ao seu vinculo com a comunidade.
Destaca-se a necessidade de fortalecer a conscientização dos profissionais enfermeiros e para isso usar como ferramenta as Diretrizes Pedagógicas Nacionais profissão, ou seja, dar ênfase durante a formação acadêmica á educação ambiental para o fortalecimento do papel do enfermeiro como educador em saúde na atenção primária, prioritariamente.

Palavras Chave

Saúde ambiental; enfermagem; atenção primária

Area

Ambiente e Saúde

Autores

Nathalia Freitas dos Santos, Luciana Contrera, Ana Paula de Assis Sales, Priscila Fiorin