Dados do Trabalho


Título

ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE DIABETES TIPO 2 E DOENÇA DE ALZHEIMER

Introdução

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva caracterizada por perda de memória e distúrbios cognitivos, deterioração neuronal nas regiões límbicas do cérebro, especialmente no hipocampo, pela presença de placas β-amilóide e emaranhados neurofibrilares. A resistência à insulina está relacionada ao aumento do risco de DA, especialmente em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), doença crônica, de alto custo associada à obesidade e hipertensão. A associação entre a DM2 e a demência está sendo alvo de forte interesse devido à alta incidência. Em estudos transversais, a DM2 é frequentemente associada a atrofias cerebrais e a um maior número de hiperatividade na substância branca, além de outros marcadores de doença cerebrovascular. A resistência à insulina está associada ao declínio cognitivo em idosos com DA. Podendo haver uma possível relação entre as duas patologias. O presente estudo investigou a possível relação entre o Diabetes Mellitus Tipo 2 e a Doença de Alzheimer.

Método

Trata-se de um estudo transversal retrospectivo associado à pesquisa bibliográfica, analisada de forma quantitativa e qualitativa, aprovado pelo comitê de ética número n° 3.492.595.

Resultados

No presente estudo, os pacientes com DA não desenvolveram atividade física constante, pois os mesmos possuem dificuldades de locomoção, ou são acamados. Quando se avaliou a farmacoterapia prescrita entre os grupos, foram identificadas interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas, mas as interações farmacocinéticas foram as que mais apareceram, sendo estas responsáveis, principalmente, pelas alterações no metabolismo dos princípios ativos envolvidos. Observou-se, ainda, que a DM2 e a DA possuem mecanismos fisiopatológicos comuns entre si, o que sugere um novo tipo de diabetes, chamado Diabetes tipo 3, onde além da diminuição na produção de insulina, é também observada a resistência dos receptores da insulina, sugerindo que a DA possa ser um doença associada a resistência insulina.

Conclusão

O estudo destaca que a DA e o DM2 são comuns no envelhecimento e compartilham mecanismos fisiopatológicos, sugerindo uma possível ligação. Embora não haja biomarcadores para diagnóstico precoce da DA, os tratamentos são sintomáticos. Apesar de a DM2 não ser a única causa da DA, há uma forte correlação entre elas. Mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios, podem ajudar a prevenir ambas as doenças. Mais pesquisas são necessárias para confirmar essas conexões.

Bibliografia

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HERNANDEZ, S. S. S. et al., Efeitos de um programa de atividade física nas funções cognitivas, equilíbrio e risco de quedas em idosos com demência de Alzheimer. Rev Bras Fisioterap, São Carlos, v.14, n.1, p.68-74, jan./fev., 2010.

Área

Clínica Médica

Categoria

Transversal

Instituições

IDOMED JARAGUÁ DO SUL - Santa Catarina - Brasil

Autores

ANGEL SEVERO DOS SANTOS ANGELONI, Alexandre João Martins Neto, Bruna Cristine Zoz, Maria Eduarda De Negri, Adalberto Alves de Castro